Bolo da Misericórdia viralizou no Brasil, mas agora pede vaquinha para recomeçar
Após sucesso nacional e inauguração de loja em Teresina, criador do Bolo da Misericórdia enfrenta dificuldades, fecha negócio e lança vaquinha online.
DO AUGE AO RECOMEÇO: A SAGA DO BOLO DA MISERICÓRDIA
Em 2023, um bolo gigante, com mais de 20kg e seis camadas de puro chocolate, virou sensação no Brasil. O “Bolo da Misericórdia”, criado pelo confeiteiro piauiense Davi Sousa, nasceu em uma padaria da zona norte de Teresina e explodiu nas redes sociais.
Com a fama, Davi decidiu abrir sua própria loja no bairro Horto, zona leste da capital, em agosto de 2024. O vídeo da inauguração mostrava um empreendedor confiante, cercado por apoiadores e clientes animados — cenário bem diferente da realidade atual.
LOJA FECHADA E VAQUINHA NO AR
Poucos meses após a inauguração, o negócio não resistiu. Segundo o próprio confeiteiro, questões emocionais, desgaste físico e falta de estrutura empresarial o levaram a encerrar as atividades.
Agora, ele busca apoio financeiro para retomar o empreendimento e lançou uma campanha de arrecadação na internet.
Na descrição da campanha, Davi diz:
“Quero construir um espaço especial para receber todos os amantes do Bolo da Misericórdia. Mas para isso se tornar realidade, eu preciso da sua ajuda.”
INTERNET DIVIDIDA: SOLIDARIEDADE E MEMES
A nova fase gerou repercussão imediata nas redes. De um lado, fãs defendem o talento do confeiteiro. De outro, críticas e piadas surgiram.
COMENTÁRIOS VARIAM ENTRE APOIO E JULGAMENTO
“Se pedir PIX virou plano de negócio, vou abrir um brechó espiritual.”
“Esse cara merece. Nunca comi nada igual.”
QUANDO A INTERNT ENTREGA O PALCO, MAS NÃO O ROTEIRO
O caso do Bolo da Misericórdia escancara um fenômeno cada vez mais comum na era digital: a viralização sem estrutura.
Davi conquistou o Brasil com talento e emoção. Seu bolo virou símbolo de afeto, partilha e superação. Mas sucesso na internet não garante estabilidade no mundo real. A explosão de curtidas não vem com manual de gestão, nem resolve a solidão do empreendedor que tenta fazer tudo ao mesmo tempo.
O que vimos foi um talento legítimo ser levado pela maré da fama, abrir uma loja sem a retaguarda necessária — e, quando a onda passou, restou o cansaço e a cobrança. Não só financeira, mas emocional.
Hoje, o mesmo nome que lotava filas pede ajuda para continuar existindo. E talvez essa seja a parte mais humana da história: empreender no Brasil é um ato de fé. E recomeçar, um gesto de coragem.
LINK DA VAQUINHA