Tony Trindade

Centrão exige Banco do Brasil e Casa da Moeda

Deputados e senadores do bloco querem o comando de ministérios e até mesmo cargos no segundo e terceiro escalão do governo federal.

08 de fevereiro de 2021 às 12:00
2 min de leitura

Depois da eleição de Arthur Lira (Progressistas) para a presidência da Câmara e de Rodrigo Pacheco (DEM) para o comando do Senado, parlamentares do Centrão cobram do presidente Jair Bolsonaro o “pagamento da fatura”.

No fim de semana, o jornal Valor Econômico noticiou que deputados e senadores do bloco querem o comando de ministérios e até mesmo cargos no segundo e terceiro escalão do governo federal. Além de pastas de gordo orçamento como os ministérios da Cidadania e do Desenvolvimento Regional, o Centrão também pressiona o presidente pelo comando do Banco do Brasil e pela direção da Casa da Moeda.

Casa da Moeda / Foto: Senado Federal

Um dos interessados na Casa da Moeda é o PTB, partido presidido pelo ex-deputado federal Roberto Jefferson. O PTB já teve apadrinhados à frente do órgão responsável pela impressão do dinheiro, atualmente dirigido pelo vice-almirante Hugo Cavalcante Nogueira.

Na política, não existe apoio de graça. Passados pouco mais de dois anos de governo, Bolsonaro repete a mesma política feita pelos antecessores, ainda que eleitores mais fanáticos teimem em aceitar essa realidade. Agora dependente do Centrão, caberá ao presidente saber como lidar com esse tipo de tratativas.

Daqui para 2022, a tendência é que esse “toma lá, dá cá” aumente, visto que Jair Bolsonaro pavimenta a sua reeleição para o Planalto. Se a sede dos parlamentares cresceu tanto devido à troca de apoio para os candidatos de Bolsonaro no Congresso, imagine como ficará essa sede quando a barganha for em troca de apoio para a eleição do próprio presidente. A hora da onça beber água, na verdade, ainda não chegou.

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