Câmara aprova audiência com Silvio Mendes e Dr. Pessoa para discutir crise financeira
Segundo o vereador Bruno Vilarinho (PRD), os secretários de áreas estratégicas também serão convidados para contribuir com os esclarecimentos.
Nessa terça-feira (13), a Câmara Municipal de Teresina aprovou durante uma sessão a realização de uma audiência pública para discutir a crise financeira da Prefeitura de Teresina. O atual prefeito Silvio Mendes (União Brasil) e o ex-prefeito Dr. Pessoa (PRD) serão convidados para prestar esclarecimentos sobre os rumos da administração municipal, incluindo a crise no transporte público e a limpeza urbana.
Segundo o vereador Bruno Vilarinho (PRD), atual líder da bancada do governo na Câmara, os secretários de áreas estratégicas como Finanças, Planejamento, Administração, Saúde e Educação também serão convidados para contribuir com os esclarecimentos durante a audiência.
Até o momento, a Câmara ainda não divulgou a data da audiência pública.
Entenda a dívida de 3 bilhões
O prefeito de Teresina, Sílvio Mendes (União Brasil), revelou nesta terça-feira (07) que a dívida da Prefeitura é muito maior do que se pensava: cerca de R$ 3 bilhões.
Ovalor representa quase metade do orçamento total do município, que é de R$ 6,4 bilhões. A nova estimativa veio após uma reavaliação feita pelo setor financeiro da gestão atual.
Segundo o prefeito, mais de 3.770 contratos foram analisados e serão enviados ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-PI).
Sílvio destacou que, inicialmente, havia divulgado uma dívida de pouco mais de R$ 1 bilhão, mas que os números cresceram com o avanço do levantamento.
Veja os principais débitos listados pela Prefeitura:
- R$ 480 milhões em restos a pagar (contratos feitos e não pagos);
- R$ 280 milhões em descontos consignados não repassados;
- R$ 212 milhões em contratos terceirizados em disputa judicial;
- R$ 110 milhões em dívidas da Fundação Municipal de Saúde;
- R$ 570 milhões em dois empréstimos com o Banco do Brasil;
- R$ 100 milhões em empréstimo com o BRB;
- R$ 275 milhões de débitos com a Caixa Econômica Federal;
- R$ 123 milhões em dívida com o banco CAF;
- R$ 202 milhões com o Banco Interamericano de Desenvolvimento;
- R$ 502 milhões de repasses não feitos ao IPMT (previdência dos servidores);
- R$ 8 milhões de FGTS;
- R$ 4 milhões de INSS.