A grande mentira que nos contam
E aí Lula, vai enfrentar?
Frequentemente, me perguntam sobre o crescimento econômico do país. Temos tantas riquezas no Brasil, porque não crescemos como alguns tigres asiáticos, por exemplo? O que nos impede? Vamos por partes. Aqui nos limitaremos a um destes impedimentos: a agiotagem oficial.
Chamamos de roubo – palavra forte – aos “furtos do cotidiano”. Coisa de pobre: celulares, tênis, bolsas, etc... Em se tratando de ladrões mais qualificados – bem nutridos, sorridentes e usando ternos caros - chamamos os assaltos de “contabilidade criativa”. Tem mais classe. É o que ocorreu recentemente com as Americanas.
Agora, em se tratando de assaltos ainda mais qualificados, chamamos de “apropriação indébita”. A referência é a “Faria Lima”, avenida e pulmão financeiro da capital paulista. É tudo legal, apesar de imoral. Se apropriaram do sistema financeiro brasileiro, controlam o Banco Central e determinam a SELIC, a taxa de juros com a qual se remuneram. E mais: para justificarem os juros mais elevados do
planeta, vem a narrativa de que estão defendendo os mais vulneráveis da temível inflação.
Esta turma é pesada. Controlam importante parcela dos políticos – que ajudaram a eleger - , de parte dos meios de comunicação, dos economistas que explicam as reações do mercado e exploram a ignorância sobre temas mais técnicos. Sabem quanto o governo federal pagou – com a grana de nossos impostos – em 2022? Algo em volta de 600 bilhões de reais, ou seja, 6% do PIB nacional. E isto foi só pra pagar os juros e “empurrar a dívida”.
Esta fortuna, foi transferida aos rentistas, que não geraram renda alguma, emprego algum. Se meu capital pode gerar 13,75% ao ano (atual SELIC), sem risco e sem trabalho, por que estranha razão eu iria investir numa atividade realmente produtiva? E aí, presidente Lula, vai enfrentar?
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