Polícia

SSP-PI nega envolvimento em defesa de filho de PM suspeito de assalto em Teresina

Declaração da polícia veio após denúncias feitas pela atendente Samara Vaz, que afirmou ter sido intimidada por policiais.

12 de abril de 2025 às 15:16
2 min de leitura

A Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SSP-PI) divulgou nota oficial neste sábado (12) negando qualquer tentativa de favorecimento a um suspeito de assalto em Teresina. A declaração da polícia veio após denúncias feitas pela atendente Samara Vaz, que afirmou ter sido intimidada por policiais após reagir a uma tentativa de roubo durante o expediente em uma loja da capital.

SSP-PI nega envolvimento em defesa de filho de PM suspeito de assalto em Teresina

O caso ganhou repercussão nas redes sociais depois que Samara usou spray de pimenta contra o suspeito, identificado como Anderson Araújo Silva, filho de um policial militar. Segundo a jovem, após o ocorrido, ela teria sofrido ameaças e sido abordada por agentes da segurança que pediram para que não registrasse boletim de ocorrência nem falasse com a imprensa. Diante do medo, Samara relatou que deixou a cidade. “Eu reagi a um assalto. O que foi que aconteceu? A polícia me protegeu? Não! Eu tive que ir embora, porque senão a própria polícia dar fim de mim”, disse em vídeo publicado em suas redes.

Em resposta, a SSP-PI afirmou que o caso foi devidamente apurado, com todos os procedimentos legais adotados pelas polícias Civil e Militar. A Secretaria reforçou que não houve qualquer tentativa de proteger o acusado e que o processo judicial segue em andamento. “O suspeito foi conduzido à Justiça, que decidiu pela sua soltura, conforme os ritos legais. No entanto, o processo continuará seu curso normal”, diz trecho da nota.

A pasta também esclareceu que os inquéritos policiais hoje são realizados digitalmente por meio da Plataforma de Polícia Eletrônica (PPE), e que não há mais necessidade de registros em papel, como alegado pela vítima. “Todo o procedimento foi conduzido com transparência e dentro da legalidade”, destacou.

Sobre a conduta do pai do suspeito e possíveis envolvimentos de outros policiais militares, a SSP informou que eventuais denúncias serão apuradas pela Corregedoria da Polícia Militar, que poderá determinar responsabilidades, caso haja elementos suficientes.

Enquanto isso, Samara afirma seguir com medo. Mesmo sem citar nomes específicos, diz sentir-se desprotegida pelas autoridades

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