Jovem que jogou pimenta em assaltante deixa o Piauí após ameaças
Nesta quinta-feira (10), Samara se manifestou por meio dos stories do Instagram e revelou que decidiu sair do estado por medo.
A jovem Samara Vaz, de 22 anos, deixou o estado do Piauí após receber ameaças após ter jogado spray de pimenta em assaltantes para impedir um assalto. O caso aconteceu no dia 23 de março, no bairro Lourival Parente, zona Sul da capital.
No vídeo, registrado pelas câmeras de segurança de um depósito de bebidas, é possível ver o momento em que o criminoso entra no estabelecimento, exibe uma arma de fogo e anuncia o assalto. Samara, que estava no caixa, se levanta como se fosse entregar o dinheiro, mas rapidamente parte para cima do agressor. Ela trava uma luta corporal com o assaltante, imobiliza o homem e chega a aplicar spray de pimenta nos olhos e na boca dele.
A jovem afirmou nas redes sociais que passou a ser perseguida após o ocorrido. Nesta quinta-feira (10), Samara se manifestou por meio dos stories do Instagram e revelou que decidiu sair do estado por medo. De acordo com ela, o criminoso foi solto e estaria a ameaçando. Samara também relatou temor quanto à atuação da polícia, especialmente por, segundo ela, o pai do assaltante ser policial.
“Se eu mato uma desgraça daquela que veio para me assaltar e me matar, eu vou presa no lugar dele e o pai dele ainda é capaz de me matar, porque o pai dele é policial. Aí eu estou indo embora porque a polícia está atrás de mim, porque pode me matar a qualquer momento, porque eu bati no alecrim dourado do filho dele”, desabafou a jovem.
Ainda em seu relato, Samara expressou frustração com o sistema de segurança pública e a lentidão da Justiça em garantir a proteção às vítimas. Ela comentou a recente aprovação, na Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi), de um Indicativo de Projeto de Lei que autoriza mulheres a portarem sprays com extratos vegetais, como forma de defesa pessoal.
“Não compensa, não adianta fazer as coisas direitinho, registrar BO, para no outro dia as pessoas estarem soltas e ameaçando a gente. De que adianta fazer essa lei dessas se não conseguem proteger as vítimas? Tantas mulheres com medidas protetivas por aí que morrem?”, questionou.
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