MP-PI deflagra operação contra desvios de recursos públicos no Piauí
Ação tem o intuito de cumprir nove mandados de busca e apreensão nas cidades de Parnaíba, Luís Correia e Cajueiro da Praia.
Na manhã desta terça-feira (06) o Ministério Público do Estado do Piauí (MPPI), através do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), deflagrou a segunda fase da “Operação Volt” no município de Cajueiro da Praia, litoral do Piauí.
Durante a nova fase da ação, a investigação teve o objetivo de apurar desvios de recursos públicos destinados ao serviço de iluminação pública do município de Cajueiro da Praia, através dos seguintes crimes: fraude à licitação, peculato, desvio, corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Além disso, a operação tem o intuito de cumprir nove mandados de busca e apreensão, sendo um na cidade de Parnaíba, três em Luís Correia e cinco em Cajueiro da Praia. Entre os alvos da ação, estão o prefeito municipal e familiares, agentes públicos, quatro empresas e seus sócios proprietários.
Até o momento, a investigação aponta a existência de uma estrutura criminosa composta por políticos, agentes públicos, empresários e suas respectivas empresas, os quais atuam em conjunto com o fim de desviar recursos públicos do município de Cajueiro da Praia e posteriormente submetê-los à lavagem de dinheiro.
Como o esquema criminoso funcionava:
Ainda segundo as investigações, o esquema de desvio de recursos públicos instalado no município de Cajueiro da Praia era liderado pelo prefeito municipal e a sua execução teve início no direcionamento de licitações à determinada empresa utilizada pela organização criminosa, seguido de sua contratação com sobrepreço pelo gestor municipal.
Após cada pagamento feito pela Prefeitura à empresa contratada, parte do recurso público era remetido, diretamente ou por meio de pessoas interpostas, ao gestor público municipal e familiares, além de agentes públicos ocupantes de cargos na estrutura da prefeitura.
A operação resultou na apreensão de diversos documentos, aparelhos eletrônicos, celulares, pendrives e dinheiro. O trabalho conta com o apoio da Polícia Civil (PC-PI), da Polícia Militar (PM-PI), e do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PI).