Galeguin do iPhone estava no local do espancamento de Erlan Oliveira
Dono de loja em Petrolina e Ouricuri, empresário estava no bar com os amigos Laiza e João Italo no caso que levou à morte de Erlan Oliveira
Negócios, fama e uma conexão perigosa
Gustavo Rodrigues de Souza, conhecido comercialmente como Galeguin do iPhone, é figura bastante conhecida nas cidades de Petrolina-PE e Ouricuri-PE, onde comanda uma rede de vendas de iPhones e acessórios com forte presença digital e mais de 300 mil seguidores no Instagram. O que era até então uma imagem de sucesso e carisma, agora se vê às sombras de uma tragédia.
A menos de um metro, Galeguin do IPhone assistiu inerte seu amigo João Italo espancar Erlan após conhecido advogado o espancar dentro do carro com outros parceiros que incluía até uma mulher já identificada.
Fontes ligadas à investigação e testemunhas apontam que Galeguin estava presente no Bar do Virote, local onde ocorreu o espancamento brutal do empresário piauiense Erlan Oliveira, logo após sua saída do evento SÃO JOÃO DE PETROLINA. Ele faleceu um dia após sua morte cerebral.
João Italo e Galeguin do iPhone. Amizade antiga e companheiros de festa até o amanhecer.
As evidências apontam não apenas para uma suposta omissão de socorro por parte do empresário, mas também para um esforço ativo em se desvincular publicamente do ocorrido.
Apagando rastros
Gustavo estava acompanhado de sua esposa Aline Santos, e do casal de amigos Laiza e João Ítalo — este último já identificado como um dos agressores, cidade onde a loja de Galeguin também opera e onde outro empresário já foi detido. O advogado envolvido segue foragido.
Após a repercussão do crime, todos os envolvidos apagaram fotos, stories e menções mútuas nas redes sociais. Um movimento calculado que levanta ainda mais suspeitas sobre o desejo de esconder a relação entre os presentes naquela noite.
As redes sociais da loja “@galeguindoiphoneoficial” continuam ativas com posts de vendas e promoções, ignorando completamente o caso. Talvez uma estratégia de silenciamento comunicacional típica de gestão de crise mal assessorada.
Omissão ou cumplicidade?
O Código Penal Brasileiro é claro: omitir-se de socorrer alguém em situação de perigo iminente ou deixar de comunicar às autoridades pode configurar crime. Neste caso, o silêncio de quem estava presente e o sumiço repentino das interações digitais apontam para um comportamento que precisa ser investigado com rigor.
Delegado Gabriel Sapucaia e o avanço das investigações
À frente do caso, o delegado Gabriel Sapucaia, da 25ª Delegacia de Homicídios da Polícia Civil de Pernambuco, tem sido firme ao esclarecer os primeiros pontos do crime que vitimou o empresário Erlan Oliveira, de 28 anos.
Delegado Gabriel Sapucaia é o responsável pelo inquérito do crime de espancamento em via pública de Petrolina.
Segundo ele, as diligências seguem avançadas e alguns dos autores já foram qualificados. Sapucaia garantiu que, nas próximas horas, novas informações serão repassadas à imprensa e que o trabalho da polícia é para elucidar completamente os fatos e prender todos os envolvidos.
O Lupa1 reitera sua confiança no trabalho técnico da Polícia Civil e seguirá acompanhando de forma rigorosa e independente os desdobramentos desse caso brutal.
Ninguém silencia a verdade
Quando o empreendedorismo vira cortina de fumaça para esconder laços perigosos, é preciso romper com o medo. Não há iPhone que silencie a verdade, nem likes que apaguem uma omissão diante da violência. O caso Erlan não é só sobre uma morte bárbara, é sobre a podridão que se esconde por trás de rostos sorridentes e feeds impecáveis.
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O Lupa 1 segue apurando: quem estava no local? Quem tentou impedir? Quem filmou? Quem se calou? O que se vê até agora é um pacto de silêncio — cúmplice ou covarde?