88,24% das mortes por ação policial no Piauí são de pessoas negras, aponta pesquisa
Estudo “Pele alvo: a bala não erra o negro”, monitorou oito estados a cerca da violência policial.
88,24% das mortes por ação policial no Piauí são de pessoas negras, o que representa uma vítima a cada 4 dias. É o que ponta o estudo “Pele Alvo: a bala não erra o negro”, divulgado nesta quinta-feira pela Rede de Observatórios.
O estudo mostrou que dos 3.171 registros de mortes que tinha cor/raça declarada, os negors somavam 87,35%. Um total de 2.770. De acordo com os dados, a cada 4 horas, uma pessoa negra é morta em oito estados do Brasil.
Os dados foram obtidos junto às secretarias de segurança pública do Ceará, Bahia, Maranhão, Rio de Janeiro, São Paulo, Pará, Pernambuco e Piauí, por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI).
Na liderança das mortes de pessoas negras aparece a Bahia, com 1.465 casos. Já o Piauí apresentou 39 mortes ne negros por intervenção do estado, o que representa 88,24% considerando o percentuntual da população.
Teresina concentra o maior número de casos, com 56, 41%, ao todo foram 22 mortes de pessoas negras em 2022. Em segundo lugar aparece o pequeno município de Geminiano, com cinco mortes.
Outro estado que lidera os indicativos é o Rio de Janeiro, que aparece em segundo lugar com 1.042 mortes, representando 86,98 do total.
O Pará registrou 631 mortes de pessoas negras, enquanto Pernambuco e Ceará tiveram 91 (89,66) e 152 (80,43%) respectivamente.
São Paulo foi o único estado que apresentou redução da letalidade de pessoas negras pelo estado, com 63,9%, ou seja, 419 mortes. O número ainda é alto, mas se comparado a 2019, quando foram 867 vítimas, o índice reduziu 48,32%.