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“Vocês de novo?”: Vítima de sequestro em Monsenhor Gil teria reconhecido criminosos

Informações extraoficiais apontam que crime foi premeditado

27 de junho de 2025 às 12:16
4 min de leitura

A cidade de Monsenhor Gil amanheceu em estado de alerta depois da confirmação de um sequestro envolvendo um adolescente de apenas 14 anos, ocorrido na noite da última quinta-feira (26/06). Embora as autoridades locais ainda não tenham divulgado informações oficiais detalhadas, relatos de testemunhas e informações extraoficiais indicam que o crime pode ter sido planejado com antecedência e estaria ligado a uma tentativa frustrada que ocorreu horas antes.

Adolescente sequestrado em Monsenhor GilReprodução

Segundo informações colhidas junto a populares, o adolescente teria sido abordado pela primeira vez por homens que estariam num carro preto horas antes do sequestro. O relato é de que os suspeitos tentaram sequestrá-lo sem sucesso na ocasião. Durante o segundo ataque, o que terminou por levá-lo, a vítima teria proferido a frase “vocês de novo”, segundo o relatório da Polícia Militar, numa indicação clara de que reconheceu o padrão da ameaça.

Esse detalhe tem causado inquietação entre os habitantes, que veem um sinal de que o crime não foi um ato isolado ou impulsivo, mas algo preparado e persistente. Nos bastidores e rodas de conversa do município também circula a informação sobre a suposta identificação de ao menos um suspeito, que, de acordo com fontes não oficiais, já teria inclusive mantido contacto com a família da vítima para exigir resgate em valor ainda não confirmado.

As autoridades investigam o caso, mas até ao momento não há confirmação oficial sobre prisões ou identificação formal dos envolvidos. A Polícia Civil segue ouvindo testemunhas e a analisando imagens de câmaras de segurança, tentando rastrear o carro preto que apareceu nos dois momentos distintos.

Cidade comovida

A população vive um clima de apreensão. Muitos pais relatam medo de deixar os filhos saírem sozinhos. As conversas nos comércios e nas redes sociais da cidade concentram-se em teorias e nomes de supostos envolvidos, que não foram confirmados pelas investigações. Essa proliferação de boatos termina dificultando o trabalho policial, que pede cautela e colaboração da comunidade para evitar acusações infundadas.

Enquanto isso, a família do adolescente vive momentos de angústia. Amigos relatam que os pais estão emocionalmente abalados e com medo de expor detalhes que possam prejudicar as negociações ou comprometer a segurança do rapaz.

A questão do resgate, mencionada por várias pessoas da cidade, ainda não foi esclarecida oficialmente. Fala-se em contacto direto entre sequestradores e família, mas sem confirmação sobre valores pedidos ou condições estabelecidas.

Num município conhecido pela tranquilidade, o crime expôs fragilidades na segurança e acendeu o debate sobre a necessidade de policiamento mais ostensivo, especialmente em áreas mais periféricas ou menos iluminadas. Muitos moradores cobram resposta rápida e exemplar para evitar que o caso fique sem solução ou que inspire novos delitos.

Até ao fecho desta matéria, a Polícia Civil não havia dado coletiva ou divulgado nota com mais detalhes. A expectativa é de que as próximas horas sejam cruciais para esclarecer se de facto há um ou mais suspeitos identificados, e para avançar nas buscas pelo adolescente sequestrado.

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