TSE pode banir Telegram por não combater fake news no Brasil
O TSE já firmou parcerias com as principais redes sociais para coibir notícias falsas e a disseminação de teorias conspiratórias.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a principal autoridade eleitoral do Brasil, está considerando banir o aplicativo Telegram do país durante o período de eleições presidenciais, no mês de outubro de 2022. Segundo a instituição, a medida ocorreria devido ao aplicativo não responder os pedidos de ajuda para combater a disseminação de desinformação.
O Presidente do TSE, Luis Roberto Barroso, afirma que busca, desde dezembro, se reunir com o diretor-executivo e fundador do Telegram, Pavel Durov, para discutir formas de combater a disseminação de informações falsas.
"Nenhum ator relevante no processo eleitoral de 2022 pode operar no Brasil sem representação legal adequada, responsável por cumprir a legislação nacional e as decisões judiciais", disse Barroso em comunicado nesta quinta-feira (20).
Barroso observou que o TSE já firmou parcerias com quase todas as principais redes sociais para coibir notícias falsas e a disseminação de teorias da conspiração sobre a legitimidade do sistema eleitoral brasileiro.
Segundo o TSE, 53% dos smartphones no Brasil usam o aplicativo Telegram. O Tribunal alertou que discutirá medidas a serem tomadas no início de fevereiro e destacou que não deve haver exceções em relação às plataformas que operam no Brasil.
Na semana passada, a ministra do Interior da Alemanha, Nancy Faeser, disse que pode suspender o acesso ao Telegram no país, se o serviço de mensagens popular entre grupos de pessoas que se opõem às restrições relacionadas à pandemia continuar a violar a lei alemã.