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Setut diz que busca soluções junto a Prefeitura de Teresina para solucionar greve no transporte

A entidade afirma que não faz parte do movimento grevista e que as empresas operadoras de ônibus não tem arrecadado o suficiente.

06 de abril de 2022 às 08:46
6 min de leitura

O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut) entrou em contato com o Lupa1 e enviou, através de nota, se posicionando a respeito da matéria intitulada “SETUT: dos milhões ao zero”, publicada no dia 31 de março na coluna do jornalista Thiago Trindade.

Conforme a Setut, a entidade não faz parte do movimento grevista e que as empresas operadoras de ônibus não tem arrecadado o suficiente para manter equilíbrio financeiro.

Confira a nota na íntegra:

"Em virtude de notícia publicada nesta referida coluna, o SETUT esclarece que o sistema de transporte público de Teresina segue enfrentando dificuldades devido à falta de compromisso da Prefeitura Municipal em assumir seu papel de gestora e efetivar o retorno pleno do transporte, através do pagamento dos valores devidos, em torno de R$ 72 milhões, referente aos prejuízos acumulados no período de novembro de 2020 a fevereiro de 2022. A atual gestão municipal teima em não reconhecer os valores devidos aos empresários de ônibus, mantendo o cumprimento de acordo somente em referência à gestão anterior, sem negociar ou cumprir repasses de subsídio correspondente à sua atual administração. Desta forma, as empresas de ônibus não têm condições de seguir atuando com a circulação da frota sem que esses valores sejam pagos.

No que se refere a greve, o SETUT destaca que a entidade não faz parte do movimento grevista e, portanto, não tem referência na fala do vice-prefeito quando ele diz que “não negocio com grevista”. Ao contrário, o SETUT vem buscando, incessantemente, soluções junto à Prefeitura para que seja efetivado o cumprimento do acordo firmado para, com isso, honrar a questão salarial com os funcionários do transporte público.

Quanto ao sistema de bilhetagem eletrônica, a aprovação e sanção de projeto de lei com o objetivo de passar a comercialização de créditos para a Eturb e Strans é uma atitude completamente desprovida de fundamento legal, além de que fere de forma acintosa o acordo firmado entre as partes em out/21, quanto ficou pactuado perante a justiça que a Prefeitura deveria, a partir de dez/21, assumir a gestão operacional da bilhetagem eletrônica; o que ainda não foi efetivado pela gestão municipal.

Sobre a recomendação do Ministério Público do Piauí referente aos créditos dos usuários, o Setor Jurídico do SETUT está em contato com o órgão visando explicar que já fazem todo esse processo em consonância com as determinações existentes nas legislações vigentes; reforçando que todos os créditos estarão revalidados no período de greve, como ocorreu nos últimos 30 anos.

Por fim, o SETUT reforça que o problema do sistema de transporte público na capital piauiense acontece devido a total falta de compromisso da Prefeitura Municipal em honrar seus compromissos e que isso acarretou na greve dos motoristas e cobradores que parou 100% a circulação da frota, prejudicando diretamente a população da capital. Isso tudo pode ser comprovado quando o SETUT, através do Consórcio SITT, protocolou um pedido de pagamento dos valores devidos pela Prefeitura de Teresina. O SETUT, a Strans e o consórcio discutiram, exaustivamente, a dívida por parte da Prefeitura já gerada nessa gestão para com o sistema de transporte, atualmente acumulado em R$ 72 milhões. O atual superintendente da Strans, não apenas concordou em fazer essa análise o mais rápido possível, como também em repassar, a partir de março, R$ 625 mil para cobrir apenas o último reajuste do óleo diesel (18%), e também afirmou para os dois sindicatos, laboral e patronal, em reunião presencial, que concordava com os números apresentados pelo SETUT, referentes às quantidades mensais de gratuidades que se deslocam nos ônibus da cidade sem pagar passagens, resultando em um valor aproximado de R$ 1,8 milhão.

Infelizmente, em recentes entrevistas, o superintendente da Strans simplesmente disse não reconhecer nenhum débito para com os consórcios.

Desta forma, o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos segue defendendo o fim da greve e que os diálogos sejam retomados e soluções efetivas sejam apresentadas para o transporte público da cidade. As empresas operadoras de ônibus não tem arrecadado o suficiente para manter o equilíbrio financeiro do sistema e se encontram em dificuldades devido à falta de resoluções e cabe à Prefeitura de Teresina honrar com seus débitos e assegurar o retorno do sistema de transporte com total efetividade".

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