Morre Affonso Romano de Sant’Anna, escritor e ex-presidente da Biblioteca Nacional
Ele tinha 87 anos e sofria de Alzheimer desde 2017, estando acamado nos últimos quatro anos.
O escritor, poeta e crítico literário Affonso Romano de Sant’Anna faleceu nesta terça-feira (4), em sua residência no bairro de Ipanema, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Ele tinha 87 anos e sofria de Alzheimer desde 2017, estando acamado nos últimos quatro anos. A morte foi confirmada por familiares.
Mineiro de Belo Horizonte, Affonso Romano de Sant’Anna construiu uma trajetória marcante no cenário literário brasileiro. Em mais de seis décadas de intensa produção, deixou um legado de mais de 60 obras, que transitam entre poesia, ensaios, crônicas e literatura infantojuvenil. Ele foi um dos principais nomes da literatura brasileira contemporânea e contribuiu significativamente para o debate cultural no país.
Além de sua produção literária, Affonso teve uma carreira acadêmica respeitada, lecionando literatura em diversas instituições, tanto no Brasil quanto no exterior. Também dirigiu o Departamento de Letras da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e atuou como crítico literário, sendo cronista do Jornal do Brasil e do jornal O Globo.
Nos anos 1990, assumiu a presidência da Biblioteca Nacional, onde instituiu o Programa Nacional de Incentivo à Leitura (Proler), iniciativa que permanece em vigor e impacta a formação de leitores em todo o país.
Affonso foi casado com a escritora Marina Colasanti, que faleceu em janeiro deste ano. Ele deixa uma filha, a atriz, roteirista e diretora Alessandra Colasanti, além de um neto.