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Juíza impede aborto de criança de 11 anos que foi abusada em SC

Em audiência realizada no dia 9 de maio a juíza perguntou se a criança poderia "suportar mais um pouquinho" com o bebê.

21 de junho de 2022 às 11:01
2 min de leitura

Nessa segunda-feira (20) o The Interceptpublicou uma denúncia sobre o caso de uma criança de 11 anos de idade, que engravidou após ter sido abusada, e que está sendo mantida em um abrigo para não realizar aborto autorizado pela Justiça.

Juíza Joana Ribeiro Zimmer. Reprodução

De acordo com informações preliminares a vítima descobriu estar grávida de 22 semanas ao ser encaminhada para um hospital em Santa Catarina. O hospital localizado em Florianópolis negou o procedimento de aborto, que é autorizado em casos como esses.

Em audiência no dia 9 de maio, Justiça e Promotoria de Santa Catarina propuseram manter a gestação por mais “uma ou duas semanas”, para aumentar a sobrevida do feto. "Você suportaria ficar mais um pouquinho?”, perguntou a juíza.

Decisão judicial

A juíza Joana Ribeiro Zimmer afirmou, em decisão judicial, que a jovem foi encaminhada ao abrigo após pedido da Vara da Infância, que tinha como objetivo proteger a criança do agressor que a estuprou mas que, agora, o objetivo é evitar o aborto. A suspeita é a de que a violência sexual contra menina ocorreu na casa dela.

Joana Ribeiro Zimmer afirmou que a mãe da menina disse em juízo que queria o bem da filha mas afirmou que, se a jovem não tivesse sido acolhida em um abrigo, teria feito o procedimento de aborto obrigada pela mãe.

A magistrada ainda escreveu na decisão que menina passou por três avaliações médicas recentes e que, em nenhuma delas, falou-se em risco para a saúde da menor. O risco para a saúde da gestante é outro ponto que, quando autorizada pela Justiça, permite a realização do aborto.



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