Instituto Butantan pretende pular fases de testagem para nova vacina
A ideia é comparar os resultados da coronavac com a butanvac
O Instituto Butantan afirmou neste domingo (04) que pretende encurtar o tempo de testes da Butanvac, candidata brasileira à vacina da covid-19. Para isso, o instituto deve pedir o uso emergencial do imunizante sem os resultados tradicionais de eficácia – obtidos em 3 fases de pesquisa. O formato alternativo de testes, porém, ainda não teve consenso entre os cientistas.
Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os estudos de fase 3 para as novas vacinas “são necessários para verificar o desempenho na prevenção de casos graves e sintomáticos”, porém os estudos demorariam mais. Outros institutos brasileiros que desenvolvem vacinas próprias – como a Universidade Federal de Minas (UFMG) – preveem concluir a testagem de imunizantes só na metade do próximo ano.
Pesquisas futuras preveem medir a eficácia das novas vacinas em comparação com imunizantes que já existem no mercado, o que dispensa a exigência de ter não vacinados no teste. A vacina brasileira será aplicada em um grupo de voluntários e testada na comparação com outro grupo, que receberá a Coronavac.
“Temos a resposta imune contra a Coronavac. Sabemos o perfil e os resultados dos estudos de eficácia, eficiência. Se aplica uma vacina e tem a mesma resposta imune ou superior, obviamente o que se segue a isso deve ser superior: eficácia, eficiência, e assim por diante.”, afirmou o presidente do instituto, Dimas Covas.
Na última semana, o Butantan reagiu a uma nova exigência da Anvisa de teste adicional para iniciar o estudo da Butanvac em humanos. Para Covas, há “preciosismo” da agência.
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