Nesta sexta-feira (02) é comemorado o Dia Nacional do Samba, gênero musical que faz parte da identidade cultural do Brasil. O estilo musical surgiu no Rio de Janeiro no começo do século XX, através de comunidades afro-brasileiras que se reuniam para dançar e se divertir por meio dos batuques dos instrumentos.

O samba se popularizou por volta de 1930 por conta das escolas de samba que reunia os admiradores do gênero. O rádio também impulsionou a popularização do samba que até hoje é considerada uma das características mais marcantes do nosso país.

Em entrevista ao Lupa1o sambista Manoel Messias afirma que o samba é tudo em sua vida e que iniciou na música há cerca de 50 anos, lamentando a interrupção dos desfiles de escolas de samba em Teresina, que já dura sete anos. "A escola de samba contribui para a renda de muitos profissionais em Teresina. São várias pessoas que são empregadas diretamente pela subvenção que as escolas recebem".

O artista também relatou que começou sua carreira no samba em 1973 na histórica escola de samba "Sambô", criada por jovens que apreciavam o estilo musical que estreou como um bloco de carnaval, mas que atualmente enfrenta dificuldades para manter o projeto. "Começamos com um bloco e depois participamos do carnaval diretamente. De lá pra cá enfrentamos dificuldades, se mantendo com dificuldades pois sem apoio cultural não se faz nada", lamenta o músico.

Já o mestre sambista Nilton Garcia expõe que começou sua história no estilo musical a partir do seu avô, que foi um dos fundadores da primeira escola de samba da zona Sul de Teresina.
"Esse momento é um legado deixado pelo meu avô, o "Galo Preto". Na década de 40 a zona Sul não existia escola de samba. O "Galo Preto" foi o que iniciou os batuques nos dias de sábado", relembra o sambista.

Dia do Samba

A data é celebrada em todo o país desde 1963, explica a pesquisadora Jéssica Raszl. "Esse dia foi marcado por ser a data em que Ary Barroso visitou a capital baiana pela primeira vez. Compositor de clássicos como 'Aquarela do Brasil' e 'Na Baixa do Sapateiro', ele nunca havia visitado a Bahia. Logo após isso, a festa se espalhou pelo país e se tornou uma comemoração nacional".

"Quem falou que o samba morreu se enganou
O samba não morreu e nem morrerá
Deixa a malvada dalínguado povo falar"

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