Associação Médica Brasileira presta homenagem póstuma ao cirurgião pediátrico Eduardo Melo
A homenagem ao médico piauiense aconteceu durante o 5º Congresso Médico Acadêmico Brasileiro, que aconteceu no Centro de Convenções de Teresina.
A esposa e os dois filhos do cirurgião pediatra Eduardo Guimarães Melo receberam, na noite dessa sexta-feira (15/09), a mais alta honraria da medicina, a medalha de São Lucas. A homenagem ao médico piauiense aconteceu durante o 5º Congresso Médico Acadêmico Brasileiro, que aconteceu no Centro de Convenções de Teresina.
Em entrevista ao Lupa1, o médico cardiologista Paulo Márcio destacou a importância da homenagem póstuma ao cirurgião pediátrico. A honraria foi recebida pela viúva Hermelinda e os filhos do casal, Cecile e Erick.
"Trata-se de uma honraria concedida por honra ao mérito pelos serviços prestados pela medicina. Receberam a honraria sua esposa, Hermelindia, e seus filhos Cecile e Erick. Essa honraria é concedida a médicos com notório saber, conduta ética e excelentes serviços prestados para a saúde pública do estado", destacou Paulo Márcio.
Em um vídeo emocionante divulgado nas redes sociais, o médico cardiologista Dr. Paulo Márcio, fez uma homenagem ao colega de profissão e mostrou a entrega da medalha à família do cirurgião.
“Nessa noite toda a medicina do Piauí fez uma homenagem póstuma, uma homenagem sincera, verdadeira e de coração, ao médico, grandioso, bem formado, ético e correto [...] Aqui dizemos com muita sinceridade, que os dois filhos do Dr. Eduardo, na verdade, são hoje filhos de todos os médicos e de todas as médicas do Piauí”, disse o cardiologista.
Confira o vídeo:
Entenda o caso
O cirurgião pediatra Eduardo Guimarães Melo foi encontrado morto na manhã do dia 29 de junho deste ano, no condomínio em que morava, localizado no bairro Ilhotas, zona Sul de Teresina. O médico havia sido indiciado pelo delegado José Anchieta por homicídio culposo de uma criança de 6 anos de idade.
De acordo com o inquérito policial, Eduardo teria sido o responsável pela cirurgia de uma criança que deu entrada no Hospital Unimed para o tratamento de uma infecção e, posteriormente, a troca de cateter. A criança sofria de insuficiência renal e realizava sessões frequentes de hemodiálise.
O inquérito concluiu que o médico não utilizou a técnica correta para realizar o procedimento de troca de cateter, ocasionando uma perfuração na artéria da criança, que morreu horas depois da cirurgia. O cirurgião alegou à polícia que a criança estava frágil devido ao quadro renal, motivo que contribuiu com as paradas cardíacas e, consequentemente, levou ao óbito da menina.
Após a morte do cirurgião pediátrico, diversos profissionais de saúde rechaçaram a denúncia e destacaram que não houve erro médico.
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