Vendas no varejo do comércio piauiense crescem 0,9% em junho; mas fecham 1º semestre no negativo
Já o índice nominal de receita registra alta de 3,4%, nos seis primeiros meses do ano.
Apesar do comércio piauiense ter voltado a contratar, fortemente, no primeiro semestre desde ano, conforme dados do Ministério do Trabalho e Emprego – MTE - o volume de vendas do setor, principalmente o varejista, tem praticamente se mantido o mesmo do registrado no mesmo período de 2022. Pior, ele acumula um índice negativo de 0,1%. Já o índice nominal de receita registra alta de 3,4%, nos seis primeiros meses do ano.
Todos esses números foram apresentados nesta quarta-feira, dia 9 de agosto, pelo IBGE, que é o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, na divulgação da Pesquisa Mensal do Comércio, referente a junho. Nela, a taxa do volume de vendas do comércio varejista piauiense ficou em 0,9%, no mês passado. Ou seja, uma queda de 3,2%, em relação a junho de 2022. Lembrando que sozinho, o comércio representa cerca de 20% do PIB do Estado.
A expectativa é que as vendas venham a decolar a partir do segundo semestre. Essa é a análise de economistas, tendo em vista que duas das principais datas do ano para o setor – dia dos pais e das crianças, ainda estão porvir, bem como as festas de ano novo, quando as vendas aumentam consideravelmente. A tendência é que mesmo ainda que timidamente, o setor venha a cresce quase 10% esse ano, e consequentemente o volume de vendas.
Porém, o resultado piauiense não foi isolado e acompanha o nacional. Na verdade, o índice brasileiro ficou no zero a zero. Isso mesmo, em junho, o volume de vendas no comércio varejista brasileiro foi de 0%, em relação ao mês de maio. Com isso, nem cresceu nem baixou, ficaram estáveis no mês passado.
O desempenho de junho ficou abaixo da estimativa do mercado, que era de uma alta mensal de 0,4%. Ainda assim, no primeiro semestre, o setor cresceu 1,3% no país. Já no acumulado dos últimos 12 meses, o setor marcou seu nono mês consecutivo no campo positivo, chegando a 0,9%. Na comparação de junho de 2022 com junho de 2023, o volume de vendas no comércio, também, teve alta de 1,3%.
Para Cristiano Santos, gerente da pesquisa do IBGE, o desempenho do varejo foi perdendo ritmo desde o início do ano e o semestre fecha em alta por conta do crescimento concentrado em janeiro, de 4,1%. “Depois de janeiro, os resultados são mais tímidos, com variações mais próximas a zero”, relembra. Fato este idêntico ao do Piauí, que no primeiro mês do ano registrou alta de 6,9%.
Tecidos, vestuário e calçados (1,4%), Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,3%), Livros, jornais, revistas e papelaria (1,2%) e Móveis e eletrodomésticos (0,8%) tiveram crescimento. Já equipamentos e material para escritório e comunicação (-3,7%), artigos de uso pessoal e doméstico (-0,9%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-0,7%), Combustíveis e lubrificantes (-0,6%) tiveram quedas.