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Caso bebê Wesley: Advogado diz que família é inocente e que caso foi tratado de forma midiática

O caso da criança de 1 ano que teria sido morta pela família durante ritual completa 7 meses sem conclusão.

O advogado criminalista Smailly Carvalho, responsável pela defesa da família do caso do bebê Wesley Carvalho Ferreira, morto durante ritual em Teresina, no final de dezembro de 2021, declarou ao Lupa1 que “não há indícios de autoria” da família na morte da criança.

“Não se encontram indícios de autoria. Embora os pais e os avós tenham sido denunciados pelo Ministério Público, nós entendemos a inexistência total de autoria, bem como da materialidade. Não se encontrou corpo, não se encontrou provas que comprovassem que existisse ali um homicídio. É inexistente qualquer indício que leve ao suposto delito de homicídio. Vamos conseguir provar porque acreditamos na inocência dos nossos constituintes”, disse.

Ao Lupa1, Smailly disse que o delegado realizou a prisão dos três tios e apreensão de quatros menores com intuito de manter a “forma midiática” do caso, sem qualquer fundamentação.

“Apresentamos os tios, que são maiores, à delegacia; os menores, com dois dias depois, ao Conselho Tutelar e com quatro dias fomos surpreendidos pela prisão de todos. A internação dos menores e a prisão dos três tios maiores sem nenhuma fundamentação. Sem a existência de qualquer fundamentação, o delegado pegou a investigação que estava em andamento contra os pais e os avós e jogou para os tios. A gente acredita que pra manter aquela forma midiática. É um processo meio complicado, mas aos poucos estamos mostrando que a nossa tese está sendo verdadeira”, declarou.

Entenda o caso

Os pais do pequeno Wesley foram à delegacia denunciar o suposto sequestro do filho no dia 29 de dezembro, 42 dias após o ocorrido. O caso chamou atenção dos policiais tendo em vista a demora para relatar o ocorrido às autoridades policiais.

Avó de Wesley, Dona Maria Lúcia

Durante as investigações, os pais de Wesley apresentaram diversas versões para o caso. Além do sequestro, os pais relataram que o bebê teria caído em um poço e depois alegaram que ele não teria resistido a um jejum intenso e então havia sido cremado.

Os pais e os avós paternos de Wesley foram presos pela Polícia Civil na noite do dia 21 de janeiro. No dia 5 de maio, a Polícia concluiu o inquérito e indiciou seis familiares por terem participado no homicídio.

Na última terça-feira (09), a Justiça colocou em liberdade duas mulheres e um homem que foram indiciados pelos crimes de homicídio e ocultação de cadáver da vítima.

“Pedimos revogação da prisão preventiva, tendo em vista a inexistência de indícios de autoria. Nós formulamos esses pedidos junto ao juiz de Altos e estamos sendo atendidos. Estão presos os pais e os avós. Da mesma forma que conseguimos [a soltura] dos tios da suposta vítima, vamos ingressar agora com um pedido dos pais. Embora já tenha uma audiência agendada, acreditamos sim na liberdade de todos eles”, afirmou o advogado ao Lupa1.

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