Guilherme Boulos responde Tarcísio e nega possível envolvimento com facção
Após afirmação de que facção criminosa recomendava o voto ao candiddato à prefeitura de São Paulo, o mesmo rebateu notícias.
O candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, rebateu na tarde deste domingo (27) a fala do governador, Tarcísio de Freitas (Republicanos), sobre conversas de integrantes de facção criminosa que teriam sido interceptadas pelo serviço de inteligência e que supostamente mostravam orientações para votarem no candidato.
Logo após a fala de Tarcísio, o candidato Guilherme Boulos se manifestou nas redes sociais, "Dia de eleição, dia decisivo. Imaginei que ao menos hoje fosse ser um dia mais tranquilo em relação às mentiras, que os nossos adversários fizeram durante toda a campanha, mas eu recebi a notícia, agora há pouco, de algo que assim beira o inacreditável. O governador do Estado de São Paulo, governador Tarcísio, acabou de divulgar, ao lado do candidato dele, acabou de fazer uma declaração extremamente grave, sem nenhum tipo de prova, dizendo que o PCC teria determinado voto em mim".
"Gente. Olha o nível. Acho que as pesquisas que devem estar fazendo monitorando os colégios eleitorais devem estar demonstrando a onda de mudança, a onda de virada acontecendo na cidade, e partiram para o desespero absoluto. É o laudo falso do segundo turno", afirmou.
Já em entrevista coletiva, o candidato complementou dizendo que as falas foram uma "declaração irresponsável e mentirosa" e "crime eleitoral". Boulos disse ainda que é o "laudo falso do segundo turno", em referência ao documento falso que o outro candidato, Pablo Marçal (PRTB), que acabou ficando na 3ª posição no primeiro turno, divulgou na véspera do dia 06.
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) negou o recebimento de qualquer relatório da inteligência, e também negou que recebeu qualquer informação oficial sobre esse caso específico.
Por outro lado
a Secretaria da Segurança Pública informou que "o Sistema de Inteligência da Polícia Militar interceptou a circulação de mensagens atribuídas a uma facção criminosa determinando a escolha de candidatos à prefeitura nos municípios de Sumaré, Santos e Capital. A Polícia Civil investiga a origem das mensagens."
Já o secretário nacional de Segurança Pública, Mario Sarrubbo, afirmou que "a nossa inteligência não detectou qualquer recomendação de facções para este ou aquele candidato neste segundo turno nas capitais."
Boulos
Com isso, Boulos afirmou que a campanha entrou com ação de investigação eleitoral por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação social contra Tarcísio e Ricardo Nunes (MDB), seu adversário.
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