Thiago Trindade

Guerra na Ucrânia é motivo de aumento no preço de combustíveis em Teresina

Menos de 24 horas após o início dos ataques no outro lado do mundo, a capital do Piauí já se diz atingida.

24 de fevereiro de 2022 às 21:10
2 min de leitura

O cenário sobre a guerra entre a Rússia e a Ucrânia ainda é incerto. Apesar de o conflito ocorrer do outro lado do mundo, este, pode trazer impactos no preço do combustível pelo país. A situação caótica começou nesta quarta-feira (24) pela madrugada, e não demorou até os teresinenses observarem um “pequeno” ajuste no preço do Diesel e do Etanol nos postos de gasolina.

Já era de se esperar, se não fosse por um detalhe...

A Petrobrás não anunciou nada a respeito de um reajuste no valor do combustível. Até ontem, o litro de gasolina comum estava custando R$6,59, mas hoje algumas tabelas apresentaram o valor de R$7,29.

Tabela de preços em posto de gasolina em Teresina.

Uma diferença de centavos que até poderia ser inofensiva, mas ao considerar o cenário atual defasado da economia, o prejuízo no bolso do consumidor é maior do que podemos imaginar. O presidente do SINDIPOSTOS, Alexandre Valença afirma que se trata de uma questão mercadológica.

“Os empresários têm liberdade para reajustar os preços, mesmo sem aumento direto da Petrobras”, relatou.

O problema é que mesmo que os donos de postos possam ajustar os preços de acordo com a sua vontade, a prática continua sendo enquadrada como abusiva pelo PROCON (Programa Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor). E agora, como que se justifica uma prática recriminada por um órgão de fiscalização?

Entenda a inflação

O reajuste da gasolina é reflexo direto da invasão da Rússia na Ucrânia. As projeções de mercado apontam que o conflito pode se intensificar e que se alongue por tempo indeterminado, o que gerou uma instabilidade no mercado de combustíveis.
O barril do petróleo atingiu o maior valor desde 2014, que chegou a 100 dólares. Por conta disso, a gasolina, que já está defasada em até 13%, segundo a Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis), pode subir ainda mais.

Este texto foi escrito com a colaboração da redatora Monalisa Mendes.


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