Coluna Política em Pauta

Júnior Santos

Evaldo diz que ‘oligarquias’ dos anos 70 foram responsáveis por crise hídrica do Piauí

Líder da oposição, deputado B. Sá (Progressistas) questionou por que o problema não foi resolvido em 23 anos de governo petista.

16 de abril de 2025 às 14:30
4 min de leitura

O deputado estadual e vice-líder do governo, Evaldo Gomes (Solidariedade), afirmou em entrevista à colunaque governos ‘oligarcas’ dos anos 70, que antecederam o tempo do Partido dos Trabalhadores no poder, foram responsáveis pela crise de abastecimento hídrico em regiões do Piauí historicamente afetadas pela seca.

Evaldo Gomes e B. Sá. Foto: Montagem.

“O problema é antigo, é histórico. A seca no Piauí, no sertão piauiense, é um problema que não teve a resolução dos governos passados. Não é coisa de 17, 18 anos, não é problema [adquirido] do governo atual. Ao contrário, os dois últimos governos, de Wellington Dias e do atual governo do Rafael Fonteles, têm procurado amenizar essa situação. [...] A oligarquia comandou este estado durante muito tempo. Setores oligarcas, setores que governam para poucos, governos de famílias, contribuíram para a crise hídrica do nosso estado. Então, é preciso que se reconheça isso. Quem não reconhece é quem não conhece a história”, disse.

O líder da oposição, deputado B. Sá (Progressistas), reagiu às declarações do colega parlamentar. Em entrevista, o deputado questionou por que, em 23 anos de governo, o PT — que, segundo ele, defende ‘proteção’ aos pobres — não resolveu os problemas.

“A oligarquia, eu digo que é uma situação antiga, com certeza, mas é preciso entender que não é porque lá atrás não fizeram que aqui também não vai fazer. O PT está no governo há 23 anos, é conhecedor da situação hídrica do nosso estado, é o partido que diz proteger os pobres, os excluídos. Por que é que não se resolve esse problema de falta de abastecimento? Um problema básico”, rebateu.

Fogo-amigo na base do governo, tem ou não tem?

O tema ‘fogo-amigo’ entre aliados do governo gerou divergência entre correligionários do PT na Assembleia. Em entrevista, o deputado Francisco Limma (PT) se queixou que seguem ocorrendo invasões de bases por pessoas que compõem o mesmo esquema político — aliados da base. Limma adverte que, nessa situação, não se soma; apenas o invasor atrai para si divergências com os demais.

Deputado estadual Francisco LimmaThiago Amaral/Alepi

“Acho que isso é um código de relacionamento, de postura ou de ética que deve, mesmo não escrito, existir na política. Na medida em que você disputa as mesmas bases, você não está somando para o todo, você está transferindo — e isso não ajuda. Eu, na política, acho que é sempre bom manter as boas relações, fazer o bom debate, mesmo quando se discorda. E quando você não respeita esses códigos, isso termina, mais cedo ou mais tarde, se virando contra você”, afirmou.

No entanto, o líder de Rafael Fonteles no legislativo estadual, Dr. Vinicius Nascimento (PT), estranhou a declaração do colega de parlamento e de partido, e afirma desconhecer o tal ‘fogo-amigo’ na base. Para Vinicius, o empenho de um deputado com sua base eleitoral é responsável pela manutenção do apoio político daquele grupo.

Dr. Vinicius NascimentoGustavo Almeida/Lupa1

“É uma fala que é estranha, porque deputado trabalha com uma porcentagem de votação. Quer dizer, ele não trabalha com 100%, ele trabalha naquele grupo que ele representa. A representação de um deputado é diferente da majoritária. Deputado representa uma classe, representa uma bandeira, representa uma parcela da população. E, talvez, se você não estiver representando bem aquela parcela da população, naturalmente aquela parcela que era ligada a vocês, se não foi representada, vai migrar para outros deputados”, respondeu.

A OPINIÃO DOS NOSSOS COLUNISTAS NÃO REFLETE, NECESSARIAMENTE, A OPINIÃO DO PORTAL LUPA1 E DEMAIS VEÍCULOS DE COMUNICAÇÃO DO GRUPO LUPA1 .

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