Gustavo Almeida

Wellington Dias defende “amostra impressa” no sistema de votação brasileiro

Governador petista avalia que é necessário amostragem impressa para eliminar desconfiança.

17 de maio de 2021 às 19:34
2 min de leitura

Em meio à discussão sobre o voto impresso, ideia defendida pelo presidente Jair Bolsonaro, o governador do Piauí Wellington Dias (PT) defende uma espécie de “amostra impressa” em algumas urnas eletrônicas. A posição do petista foi revelada em entrevista exibida neste domingo (16) pelo programa Canal Livre, da Band.

Governador do Piauí em entrevista ao Canal Livre (Foto: Reprodução/Band)

Wellington defende um meio termo. Não é a favor do voto impresso 100%, como quer Bolsonaro e alguns aliados seus, mas avalia que a modalidade seja aplicada por amostragem. A ideia do petista é que se faça algo semelhante ao que ocorreu nos primeiros anos da implantação do voto eletrônico, quando houve amostra impressa para conferência em algumas seções eleitorais espalhadas pelo país. Na época, a medida foi adotada devido à desconfiança em relação ao novo sistema que passava a ser usado.

“Eu defendo que a gente volte para as origens. Quando foi aprovado o voto eletrônico tinha muita desconfiança se havia alteração. Qual foi o caminho ali apontado? Era uma espécie de uma amostragem. Ter uma amostra impressa que pudesse servir como amostra de conferência. ‘Essa urna bateu? Bateu. Essa outra lá no Paraná bateu? Essa aqui no Amazonas bateu?’ E com base nisso, se aferia como adequado o sistema”, explicou.

Wellington foi o entrevistado do Canal Livre (Reprodução/Band)

Para Wellington, o voto impresso por amostragem será útil para contemplar os que acreditam na eficiência da urna eletrônica e os que desconfiam da segurança do equipamento.

“Eu avalio que o Brasil não pode mais dar passo para trás. Eu fico todo orgulhoso quando vejo os americanos lá daquele jeito de contar voto no papel (risos). Me lembro também do famoso mapismo. Eu sou dessa geração. Então eu quero o uso da tecnologia e defendo um sistema de amostragem. Eu acho que essa é a pactuação que temos que fazer no Congresso para, de um lado resolver o problema dos incrédulos, e do outro para poder aferir mesmo, para acrescentar. E colocar um ponto final”, afirmou.


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