Coluna Letras da Política

Gustavo Almeida

Sílvio Mendes dá conselho à oposição: "Que a vaidade não prevaleça sobre Teresina"

Líder nas pesquisas, ex-prefeito de Teresina defende união do bloco oposicionista na escolha do candidato ao Palácio da Cidade.

24 de agosto de 2023 às 08:00
6 min de leitura

Lideranças dos partidos Progressistas, União Brasil e PSDB se reuniram ontem, quarta-feira (23), em Teresina. No encontro estavam os três nomes oposicionistas cotados para disputar a Prefeitura da capital: o ex-prefeito Sílvio Mendes (União Brasil), o ex-deputado Luciano Nunes (PSDB) e a deputada estadual Bárbara do Firmino (Progressistas).

Sílvio ladeado por Bárbara e Luciano (Foto: Divulgação/União Brasil)

Líder em todas as pesquisas e apontado como principal nome do bloco, o ex-prefeito Sílvio Mendes mandou um conselho para que o grupo fique unido e focado no propósito de retomar o poder na capital. Segundo ele, é preciso se despir de vaidades na momento da definição do candidato.

“É preciso ouvir muito. Que a vaidade não prevaleça sobre o que é mais importante que é a cidade de Teresina", disse.

De acordo com Sílvio, a reunião foi para analisar a conjuntura, analisar as gestões passadas do PSDB na capital e projetar o futuro. Ele lembrou que deixou a Prefeitura em 2010 com 92% de aprovação e defendeu que todos que fizeram parte dos governos tucanos e hoje se opõem à atual gestão devem buscar a convergência com o grupo oposicionista.

Reunião com integrantes da oposição (Foto: Divulgação/União Brasil)

No entanto, diferente de grande parte dos membros da oposição, Sílvio Mendes avalia que não precisa pressa para anunciar logo o candidato a prefeito. O ex-deputado estadual Luciano Nunes vai na mesma direção e também entende que há tempo para definir com calma e sem atropelo.

"Não devemos nos prender a uma data fixa, tem que ser uma decisão bem amadurecida”, afirmou Nunes.

| Ficou de fora

Erivan Lopes (Foto: Telsírio Alencar/Pauta Judicial)

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) definiu ontem, quarta-feira (23), os nomes dos quatro desembargadores que vão concorrer a duas vagas de ministro do Tribunal. Ao todo, 59 magistrados estaduais se inscreveram na tentativa de se tornarem ministros. O desembargador piauiense Erivan Lopes, do Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI), era um deles, mas ficou de fora dos escolhidos. No Piauí, tinha gente que considerava Erivan um dos favoritos. Não foi dessa vez!

Os escolhidos

Os quatro desembargadores escolhidos para concorrer às duas vagas foram Carlos Vieira Von Adamek (TJ-SP), Elton Leme (TJ-RJ), José Afrânio Vilela (TJ-MG) e Teodoro Santos (TJ-CE). Com os quatro finalistas definidos, cabe agora ao presidente Lula (PT) escolher dois para ser ministro. Um terceiro ministro será escolhido a partir de uma lista tríplice formada por advogados. Assim, serão três novos membros no STJ: dois vindos da magistratura estadual e um da advocacia.

| Clima azedo

Franzé e Fábio Novo (Fotos: Lupa1 | Alepi)

A realidade no PT de Teresina tem de tudo atualmente, menos harmonia. O deputado estadual Franzé Silva (PT), pré-candidato a prefeito pelo partido, ficou irritado ontem (23) com o que considera ser um movimento orquestrado com fake news e pesquisas duvidosas para prejudicá-lo na disputa com Fábio Novo pela candidatura petista ao Palácio da Cidade. Para Franzé, está havendo jogo sujo na disputa que, por ser interna, em tese, não deveria ter deslealdade. O clima é azedo.

Lei do retorno

A queixa que Franzé faz hoje foi feita por Fábio Novo lá atrás, embora com menos veemência. Há alguns meses, Novo também andou reclamando, principalmente entre aliados, que Franzé fazia concorrência desleal ao usar o poderio da presidência da Assembleia Legislativa em seu favor, inclusive com forte domínio sobre veículos de imprensa. Com a simpatia do governador Rafael Fonteles (PT) e o crescimento de Novo nas pesquisas, Franzé já considera que tem um poderio sendo usado contra ele.

| Insatisfação

Prefeito Zé Raimundo (Foto: Prefeitura de Oeiras)

O momento político dos "boca pretas" de Oeiras não é nada bom. A situação é ainda mais delicada porque existem fortes insatisfações dentro do próprio núcleo político do clã. O ex-prefeito B. Sá e os filhos estão incomodados com a forma como o prefeito Zé Raimundo tem conduzido as discussões para a sucessão municipal. Até agora, o prefeito não tem um nome para sua sucessão e o grupo vem perdendo lideranças para os "tupamaros", que já têm candidato definido desde 2022 e estão em intensa pré-campanha.

Falta carinho

Na avaliação de fonte ouvida pela coluna, o problema não é a gestão de Zé Raimundo, que é considerada boa e organizada. O que falta, segundo a fonte, é "carinho" do prefeito com o grupo. O comportamento dele e de algumas figuras do seu círculo tem distanciado muitas pessoas. Na casa do velho B. Sá há também uma queixa de que Zé Raimundo poderia ter feito mais pela campanha de B. Sá Filho a deputado estadual, assim como fizeram os prefeitos de Picos, Gil Paraibano, pelo filho Aldo Gil, e Mão Santa, de Parnaíba, pela filha Gracinha. B. Sá Filho perdeu a eleição em 2022 por margem pequena de votos.

O único

Ainda conforme a fonte boca preta, o único nome que hoje faria frente e teria totais condições de ganhar a eleição da família Tapety (tupamaros) é o do ex-prefeito Lukano Sá. No entanto, ele "não quer nem saber de candidatura".

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