O vereador e líder do prefeito na Câmara Municipal de Teresina, Renato Berger (PSD), disse nesta quinta-feira (25) que se sentiu desprestigiado pelos colegas. O motivo foi o esvaziamento da sabatina do advogado Márcio Allan Cavalcante, escolhido pela gestão do prefeito Dr. Pessoa (MDB) para o comando da Agência Municipal de Regulação de Serviços Públicos de Teresina (Arsete).

Renato Berger/ Foto:Gustavo Almeida

Eram necessários pelo menos 15 vereadores para aprovar o nome de Márcio Allan na sabatina realizada na quarta-feira (24), mas a maioria dos vereadores saiu do plenário e não houve quórum suficiente para que a votação acontecesse.

"Ficou sim [um constrangimento]. Eu me senti desprestigiado, mas depois eu fui conversar com os vereadores. A maioria me disse que não sabia que ia ter essa votação. Foi um mal entendido. Na hora eu pensei assim: 'Poxa, você faz a sabatina, tem uma votação e os colegas saem'. Mas foi uma falta de articulação minha aqui antes da sabatina", argumentou.

Renato Berger não considera que os vereadores tenham feito de propósito. Desde o episódio, a informação que circula na Câmara é que a falta de quórum foi uma resposta dos vereadores diante de insatisfações com o Palácio da Cidade.

Um dos motivos apontados foi a presença do advogado João de Deus Duarte, o Pessoinha, na sabatina. Filho do prefeito Dr. Pessoa, ele indicou Márcio Allan para a Arsete e foi pessoalmente assistir a sabatina.

Alguns vereadores avaliam que a presença de Pessoinha foi uma forma de pressionar pela aprovação de Márcio Allan e por isso a falta de quórum teria sido intencional. Parte dos parlamentares fez questão de "confirmar "ausência" na sabatina.

Com a votação inviabilizada na quarta-feira, uma nova reunião deve ser marcada para a próxima semana.

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