Coluna Letras da Política

Gustavo Almeida

Promotoras se declararam suspeitas em denúncia contra Loja Pintos

Representantes do MP-PI alegaram questões de foro íntimo para não atuar em procedimento, cuja fase ainda era inicial.

17 de novembro de 2023 às 08:22
6 min de leitura

Um simples procedimento preparatório, instrumento de apuração preliminar que antecede eventual abertura de inquérito civil, encontrou dificuldades para avançar no Ministério Público do Estado do Piauí (MP-PI). Isso porque promotoras designadas para assumir o caso foram, sucessivamente, se declarando suspeitas para atuar na apuração.

O procedimento preparatório foi instaurado para averiguar denúncia de suposta falta de acessibilidade na Loja Pintos do Riverside.

Uma das unidades da Pintos em Teresina (Foto: Reprodução/Internet)

De início, a apuração do caso foi designada para a 33ª Promotoria de Justiça de Teresina, que tem como titular, segundo o site do MP-PI, a promotora Janaína Rose Ribeiro de Aguiar. No entanto, ela se declarou suspeita para atuar alegando razões de foro íntimo.

Com isso, o procedimento preparatório foi redistribuído para a 28ª Promotoria de Justiça, cuja titular, conforme aponta o site do MP-PI, é a promotora Marlúcia Gomes Evaristo Almeida. Contudo, ela também se declarou suspeita para conduzir a apuração preliminar.

Com as duas primeiras suspeições, a Procuradoria-Geral de Justiça do Piauí (PGJ) designou a promotora Carmelina Moura para atuar no referido procedimento preparatório, porém, Carmelina também se declarou suspeita e alegou motivos de foro íntimo. A promotora responde temporariamente pela 24ª Promotoria de Justiça de Teresina.

Somente na 4ª promotora, caso foi conduzido (Foto: Divulgação/MP-PI)

Diante das três negativas em razão de declarações de suspeição, uma portaria da PGJ/PI designou a promotora Flávia Gomes Cordeiro para conduzir a apuração e dar andamento ao procedimento preparatório.

Mandou arquivar

Após análise do caso, a promotora Flávia Gomes decidiu determinar o arquivamento da denúncia de suposta falta de acessibilidade na Loja Pintos do Riverside. Em seu despacho, Flávia alegou não ter encontrado elementos que justifiquem a intervenção do MP-PI no caso.

"Assim, da cuidadosa análise dos autos, é imperioso reconhecer, neste momento, não há fatos que justifiquem a intervenção do Ministério Público no caso em questão [...] Dessa forma, conclui-se que, após a análise da atribuição municipal para a realização de fiscalização da acessibilidade dos estabelecimentos, não se vislumbra a necessidade de atuação desta Promotoria de Justiça no feito, não existindo razão para sua subsistência.", argumentou a promotora.

| Ex-prefeito indiciado

Ex-prefeito Cuim (Foto: Reprodução/Facebook)

O ex-prefeito do município de Várzea Branca, Idevaldo Ribeiro, o Cuim, foi indiciado pela Delegacia de Polícia Civil de São Raimundo Nonato por usar uma máquina do PAC na obra de um posto de gasolina do irmão Ivaldo Ribeiro e do próprio filho Álvaro Ribeiro. A irregularidade aconteceu em 2017, quando Cuim era prefeito pela segunda vez.

Pensou que podia

O irmão, Ivaldo Ribeiro, que na época era secretário de Obras, disse em depoimento que pensava que, na qualidade de morador da cidade, tinha direito a usar a máquina da Prefeitura na construção do seu posto. Os três (prefeito, o filho dele e o irmão) foram indiciados.

| Os petistas não esquecem

Senador Cid Gomes (Foto: Roque de Sá/Agência Senado)

Em meio a grande briga com o irmão Ciro Gomes, o senador cearense Cid Gomes já pensa em deixar o PDT e quer se filiar ao PT. A informação é do jornal O Globo. No entanto, a publicação diz que uma ala dos petistas não quer Cid no partido. E uma das razões para não quererem o senador remonta ao ano de 2018, quando ele disse a célebre frase: "O Lula tá preso, babaca".

Para relembrar

Era o segundo turno das eleições de 2018 e Cid participava de um evento do então candidato a presidente da República Fernando Haddad (PT). Ao ser interrompido por militantes petistas enquanto discursava, Cid reagiu dizendo: "O Lula tá preso, babaca".

| Marcelo Castro não quer

Marcelo Castro (Foto: Érica Pessoa/Lupa1)

O senador e presidente do MDB no Piauí, Marcelo Castro, não tá afim de que o partido tenha candidato próprio a prefeito de Teresina. Quando um dirigente partidário quer que seu partido seja protagonista e tenha um nome próprio numa disputa, ele não fica com rodeios. Ontem (16), ao ser questionado sobre a pré-candidatura do médico Paulo Márcio, o senador deixou claro, outra vez, sua falta de empolgação.

Vai depender

Segundo Marcelo, uma candidatura do MDB "vai depender". Ele disse que o partido está em um compasso de espera e ainda vai refletir sobre a viabilidade de um nome próprio na disputa. "Nós só teremos um candidato se esse candidato se mostrar competitivo", disse, deixando claro a pouca vontade de apoiar Paulo Márcio.

A OPINIÃO DOS NOSSOS COLUNISTAS NÃO REFLETE, NECESSARIAMENTE, A OPINIÃO DO PORTAL LUPA1 E DEMAIS VEÍCULOS DE COMUNICAÇÃO DO GRUPO LUPA1 .

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