Luciano diz que PSDB ‘cedeu’ muito em 2022 e agora vai defender seus espaços
Ex-deputado e presidente da sigla no Piauí diz que não pode permitir que o PSDB só seja considerado útil se for para apoiar nomes de outras legendas.
O ex-deputado estadual e presidente do PSDB no Piauí, Luciano Nunes, afirmou à coluna que segue afastado de Sílvio Mendes (União Brasil), mas negou que suas movimentações políticas sejam visando uma aproximação com o governo estadual. Segundo Luciano, a condição de dirigente exige que ele lute pelos espaços do partido nas eleições de 2024, espaços esses que, na visão dele, não são considerados por Sílvio e outros caciques da aliança União Brasil/Progressistas.
Luciano Nunes (Foto: Laura Cardoso/Lupa1)
Luciano afirmou que o PSDB cedeu demais nas eleições de 2022 ao integrar o palanque de Sílvio e que por isso seu grupo quase perdeu o comando da sigla no Estado. Ele citou que Sílvio Mendes ficou no partido até o último momento e saiu para ser candidato em outra legenda. Além disso, levou nomes importantes como Marden Menezes, Kleber Montezuma, Samuel Silveira e outros.
"Em 2022 o partido não compôs a chapa majoritária, perdeu várias lideranças em nome dessa aliança e o pior: abriu mão de lançar uma chapa proporcional ao aceitar que suas lideranças se candidatassem por outros partidos que apoiavam o Sílvio. Com isso perdemos força com a direção nacional. Tudo isso em troca de quê? De nada. Já cedemos demais em 2022. Eu, como presidente, tenho obrigação e sou cobrado em Brasília para fortalecer o partido. Vou lutar pelos espaços e pelo protagonismo do PSDB", avisou Luciano.
De oposição, entendo eu
O ex-deputado estadual disse que se quisesse ser aliado do governo do PT já teria sido em outras oportunidades que surgiram ao longo de sua trajetória política. Ele afirmou que está no PSDB desde a entrada na política, há mais de 20 anos, e que não vai deixar o partido se acabar, ainda mais sendo seu presidente estadual e filiado histórico.
Luciano e Sílvio seguem sem estabelecer tentativas de reaproximação (Fotos: Lupa1)
Sem conversas
Luciano contou ainda que nem ele procurou Sílvio nem Sílvio o procurou desde que houve o afastamento entre os dois. O tucano insiste que o ex-prefeito de Teresina e pré-candidato pelo União Brasil quebrou um acordo ao se lançar como candidato da oposição, sendo que o acerto era que o grupo só tomaria uma decisão em dezembro.
"Se ele não atropela as coisas e lá na frente o grupo decidisse que o candidato seria ele, é claro que eu iria apoiá-lo. Nós sempre estivemos juntos e não haveria motivos para eu não aceitar a decisão do grupo. Ocorre que ele atropelou as coisas e quebrou o acordo, e eu como presidente do PSDB não posso aceitar isso calado. Diante dessa situação eu tenho que lutar pelos interesses do PSDB", justificou.
Mantém pré-candidatura
Luciano Nunes garante que vai manter a pré-candidatura e que está disposto a concorrer nas eleições do ano que vem. O tucano está sem mandato desde fevereiro de 2019, quando encerrou o quarto mandato seguido de deputado estadual. Em 2018 ele disputou o Governo do Piauí e ficou em terceiro lugar. Luciano também foi secretário municipal nas gestões de Firmino Filho e de Sílvio Mendes em Teresina.
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Candeeiro típico do Nordeste (Foto: Reprodução)
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