Ex-ministro pode ser preso por dívida de pensão alimentícia
Político alega que não tem condições de arcar com o valor da pensão
O ex-deputado federal Henrique Eduardo Alves (MDB), ex-presidente da Câmara dos Deputados e ex-ministro do Turismo dos governos Dilma e Michel Temer, poderá ser preso por não pagar dívida de pensão alimentícia. O político, que foi deputado federal por 44 anos, de 1971 a 2015, deve R$ 938 mil acumulados de pensão.
O processo é movido pela ex-mulher do emedebista, Priscila Gimenez, que cobra parcelas pendentes da pensão para o filho caçula, hoje com 20 anos. Na semana passada, o juiz Marco Aurélio Paioletti Martins Costa, da 2ª Vara da Família e Sucessões de São Paulo, expediu um mandado de prisão contra o ex-deputado.
Em nota à imprensa, o ex-ministro informou que ainda não foi notificado da decisão judicial, mas está "tranquilo e com a consciência em paz". Henrique Eduardo Alves alega que não tem condições de pagar o valor da pensão alimentícia.
"Não tenho como pagar uma pensão alimentícia de quase R$ 50 mil por mês. É totalmente fora da minha realidade e da necessidade de um rapaz de sua idade", diz a nota. No texto, o ex-deputado diz que se divorciou da ex-esposa há mais de 10 anos e lamenta a postura adotada pelo filho e pela ex-mulher.
Confira a nota enviada pelo ex-ministro:
''NOTA DE UM PAI COM IMAGEM PÚBLICA
Não foi hoje que recebi a informação sobre mandado de prisão judicial proferido em ação por pretensa falta de pagamento de pensão alimentícia de meu filho caçula, Pedro Henrique Alves, de 20 anos.
Faz seis dias e até agora não recebi qualquer intimação.
Estou tranquilo e com a consciência em paz, acreditando que a Justiça de Deus e dos homens será feita.
Esse despautério promovido por Pedro Henrique e sua mãe de quem me divorciei - de forma consensual - há mais de 11 anos, deixando mais de 50% de meu patrimônio na época, não pode prosperar, pelo simples fato de que não tenho como pagar uma pensão alimentícia de quase R$ 50 mil reais por mês.
É totalmente fora da minha realidade e da necessidade de um rapaz de sua idade.
Quem conhece minha vida privada, que também sempre foi pública, sabe que nunca deixei faltar NADA a meus três filhos. Afeto, atenção e amor, principalmente. Dos dois mais velhos sempre tive a solidariedade e compreensão.
Hoje, lamento a postura de Pedro Henrique. Mas a seu desatino entrego também, à Justiça Divina. A dos Homens, aguardo, o julgamento do recurso que já encaminhei através de meu advogado e, certamente, a justiça será feita.
Ao povo do Rio Grande do Norte - que me conhece como político e pai - meu agradecimento por tantas mensagens que já recebi com palavras carinhosas de poio e conforto nesta hora de dor.
Muito Obrigado!
A luta continua sempre!"