Gustavo Almeida

CPI é lenha na fogueira

Como se o prognóstico já não fosse ruim, CPI da Pandemia veio para aguçar ainda mais o ambiente de tensão na política brasileira.

01 de julho de 2021 às 08:09
2 min de leitura

O clima político no Brasil já era de tensão para as eleições de 2022. Acirramento de ânimos, polarização eleitoral, antagonismo exacerbado, mentiras na internet e uma série de outras situações vinham dando o tom de como poderá ser perigosa a disputa eleitoral do ano que vem. Como se o prognóstico já não fosse ruim, a CPI da Pandemia veio para aguçar ainda mais esse ambiente de tensão.

Reunião na CPI da Pandemia (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

Desde que os trabalhos da comissão foram iniciados no Senado Federal, o que temos visto é um verdadeiro tiroteio de narrativas, acusações, brigas e, sem dúvida, a acentuação de uma realidade que já não era nada positiva.

O trabalho da CPI é importante, afinal, investigar omissões e ilegalidades na condução da crise sanitária no Brasil se faz muito necessário. Este texto, portanto, não condena a existência da CPI. O que preocupa é o nível de acirramento que a comissão está, de um modo ou de outro, contribuindo para se acentuar.

Incomodado com investigações, o governo federal descarrega sua metralhadora contra a CPI, seus membros e todos que a apoiam. A oposição também a usa em seu favor.

As militâncias inconsequentes compostas por uma minoria barulhenta, tanto de oposição quanto de situação, têm na CPI do Senado mais um motivo para se engalfinharem e tornarem ainda mais tóxico o ambiente político no Brasil.

Em 2022, a CPI já terá encerrado seus trabalhos, mas o ranço dos fanáticos certamente estará fortalecido, infelizmente.

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