Gustavo Almeida

2024: um ano sem dificuldades para os prefeitos

No ano eleitoral, gestores municipais deixam choradeira por recursos de lado e focam em suas reeleições ou na eleição de seus sucessores.

03 de janeiro de 2024 às 08:08
4 min de leitura

Com a chegada de 2024, não veremos mais prefeitos chorando por falta de recursos. Em ano eleitoral, a crise tão alegada pelos gestores municipais sempre costuma acabar. É um roteiro que já conhecemos.

Nos três primeiros anos a choradeira é grande, mas no último, sobretudo para os que vão disputar reeleição ou emplacar algum candidato aliado como sucessor, as facilidades começam a aparecer.

Em 2024, você não vai ver protestos realizados por prefeitos (Foto: Reprodução/Site APPM)

É sempre no ano eleitoral que as atrações dos festejos da cidade são as melhores e mais caras. É no ano eleitoral que algumas promessas que não foram cumpridas nos três primeiros anos saem do papel.

Também é no quarto ano da gestão que abre-se espaço para novos comissionados, novos terceirizados. Ninguém é recusado e as prefeituras viram "coração de mãe", onde, diz o ditado, sempre cabe mais um.

Tem prefeito que passa três anos viajando demasiadamente para a capital, sob a capenga alegação de que está "em busca de recursos e obras" para o seu município. Já no quarto ano, o sujeito fica mais presente na cidade.

Em 2024, surge a outra face dos prefeitos. Ne ano as prefeituras ficam prósperas e ninguém vai ver os prefeitos de pires na mão.

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Shows com Amado Batista

Cantor Amado Batista (Reprodução/Redes Sociais)

O cantor Amado Batista vai fazer três shows no Piauí neste mês de janeiro. Nos dias 25, 26 e 27 o artista estará, respectivamente, em Caridade do Piauí, Pajeú do Piauí e São Braz do Piauí. Os três municípios têm entre 3 mil e 5 mil habitantes e vivem do dinheiro do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Os shows de Amado vão custar em média, cada um, R$ 250 mil. Em Caridade do Piauí o prefeito é Toninho (PSD), presidente da APPM que há alguns meses liderou movimento de gestores que choravam pela queda nos repasses para as prefeituras.

Só zoada e nada mais

Câmara de Teresina (Foto: Ezequiel de Sá/Lupa1)

A tão balada sessão extraordinária para discutir a crise na saúde pública de Teresina foi um fiasco. Com medo do prefeito Dr. Pessoa, a maioria dos vereadores não compareceu e a sessão precisou ser encerrada. No final, a Comissão de Legislação e Justiça aprovou um convite para o alcaide ir à Câmara prestar esclarecimentos. Nem coragem para fazer uma convocação os parlamentares tiveram. Como é apenas um convite, Dr. Pessoa vai se quiser.

Ele quer ser deputado

Ex-prefeito Gilson Castro (Reprodução/Instagram)

O ex-prefeito de João Costa, Gilson Castro, botou na cabeça que tem chances de se tornar deputado estadual nas eleições de 2026. Depois de ver os ex-prefeitos Rubens Vieira, Gil Carlos e Hélio Rodrigues (os dois primeiros eleitos e o último suplente convocado na Alepi), Gilson acha que também pode se eleger para a Assembleia Legislativa. Há alguns meses ele perambula por cidades das regiões de São João do Piauí e São Raimundo Nonato cortejando vereadores e pequenas lideranças de olho em 2026. É um sonhador, o rapaz!

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