Dança erótica na UFMA: quando o excesso prejudica o ativismo social
Atitudes iguais a essa no ambiente acadêmico podem enfraquecer o ativismo responsável e dar espaço para críticas conservadoras.
A performance protagonizada pela cantora e ativista trans Tertuliana Lustosa na Universidade Federal do Maranhão, em que ela cantou uma música com o título provocativo “Educando com o c*” e fez uma dança erótica mostrando os glúteos, gerou reações. Embora o ativismo seja uma ferramenta crucial para dar visibilidade às causas e lutar por direitos, ações como essa podem acabar desviando o foco do verdadeiro sentido de militância, que é a busca por igualdade, respeito e dignidade para a comunidade LGBTQIA+.
Atitudes iguais a essa no ambiente acadêmico podem enfraquecer o ativismo responsável e dar espaço para críticas conservadoras, que se aproveitam de situações como essa para atacar a legitimidade de movimentos sociais. O espaço universitário deve ser um local de debate, inclusão e transformação social, mas dentro de um contexto que valorize o diálogo e a educação, sem que a militância seja confundida com comportamentos que acabam afastando aliados e dando munição aos críticos.
O verdadeiro ativismo busca conquistar respeito e igualdade, e é importante lembrar que a imagem e a mensagem transmitida em ações públicas impactam diretamente a percepção da causa pela sociedade. A atitude de Tertuliana Lustosa, ao invés de fortalecer a luta pelos direitos LGBTQIA+, pode ter gerado um efeito contrário, reforçando estigmas e oferecendo argumentos a críticos da diversidade.
O ativismo responsável deve sempre ter em mente os valores centrais de respeito, inclusão e empoderamento, para que a luta pelos direitos e pela igualdade seja vista com seriedade e conquiste o apoio necessário.
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