Dengue tipo 3 é uma nova ameaça à saúde pública brasileira, diz FMS
Presidente da FMS, Charles Silveira, destacou que a instituição está ampliando campanhas educativas sobre a dengue e pediu a colaboração da população.
A volta do vírus tipo 3 da dengue ao Brasil após 16 anos tem gerado preocupação entre especialistas e autoridades de saúde. O sorotipo, que não circulava no país desde 2008, já foi detectado em várias regiões e pode causar formas graves da doença, colocando grande parte da população em risco. A Fundação Municipal de Saúde (FMS) de Teresina tem intensificado suas ações preventivas.
O presidente da FMS, Charles Silveira, destacou que a instituição está ampliando campanhas educativas sobre a dengue e pediu a colaboração da população. “Precisamos que cada cidadão faça inspeções semanais em suas casas para evitar a proliferação do mosquito, principalmente neste período chuvoso. Além disso, servidores da FMS estão visitando residências para identificar e eliminar possíveis criadouros do Aedes aegypti. Esta é uma luta pela vida e pela saúde”, enfatizou.
A médica Amariles Borba, referência no combate à dengue, tem orientado profissionais de saúde sobre a gravidade da doença e a importância da hidratação adequada para pacientes diagnosticados. “Recomendamos que os pacientes mantenham a urina sempre transparente, como a água que bebem, pois isso é um indicativo de boa hidratação. Esse alerta segue as diretrizes do Ministério da Saúde”, explicou.
De acordo com Amariles, há quatro tipos de vírus da dengue, e qualquer um deles pode evoluir para a forma hemorrágica, que é potencialmente fatal. “Se uma pessoa já teve dengue tipo 1, ela fica imune a esse sorotipo, mas ainda pode contrair os tipos 2, 3 e 4. Estudos indicam que infecções subsequentes aumentam o risco de formas graves, especialmente com os tipos 2 e 3, que costumam causar manifestações mais severas”, alertou.
Outro ponto preocupante é a disponibilidade limitada de vacinas contra a dengue no Brasil. “A empresa japonesa Takeda fornece a vacina para o país, mas a quantidade ainda não é suficiente para imunizar toda a população. Outras instituições estão desenvolvendo imunizantes, mas, por enquanto, o tratamento se resume ao alívio dos sintomas. Por isso, é essencial prevenir a proliferação do mosquito e conscientizar a sociedade sobre os riscos”, finalizou Amariles.