De pai pra filho
Marcelo Castro afirma que filho Castro Neto é pré-candidato nas eleições de 2022.
O senador Marcelo Castro (MDB) admitiu publicamente na última segunda-feira (26) que o seu filho, Castro Neto, diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), é pré-candidato a deputado federal no Piauí nas eleições do próximo ano.
Marcelo, até de forma tardia, convenhamos, decide colocar um filho na política, a exemplo da grande maioria dos políticos piauienses. Essa tradição de inserir filhos e esposas na carreira eleitoral não é uma exclusividade do Piauí, mas por aqui é bastante acentuada.
Há casos em que a figura ainda é novata na política, mas já trabalha para colocar um parente na disputa de algum cargo. Na Assembleia Legislativa do Piauí, a grande maioria dos deputados é oriunda de famílias tradicionais na política estadual ou de alguma região do estado.
No caso do senador Marcelo Castro, o pai dele, Zé de Castro, foi deputado estadual pelo Piauí, vereador e prefeito de São Raimundo Nonato. Marcelo foi o principal herdeiro da veia política da família e agora lança o filho, que leva justamente o nome do avô.
Não há nenhuma ilegalidade no fato de pais colocarem os filhos na vida pública e muitos filhos, reconheçamos, gostam da atividade por terem nascido em meio à agitação política familiar. Nada anormal tomarem gosto pela coisa. Eles têm o direito legítimo de se candidatarem.
Muita gente critica a perpetuação de famílias no poder, porém, quase sempre as esposas ou filhos lançados pelos caciques políticos vencem as disputas eleitorais.
Nesse ponto, é preciso apontar que é o eleitor quem mantém essa tradição. O fato é que os pais lançam os filhos porque sabem que no Piauí a população aceita essa realidade. Enquanto o povo eleger os filhos e as esposas, os pais e maridos irão lançá-los na política.
Ninguém chega à Assembleia, ao Senado ou à Câmara Federal nomeado. Só chega eleito pelo voto popular secreto.
Receba Notícias do Lupa1 pelo Whatsapp
Siga nas redes sociais
