Zanatta diz que criminosos mudaram dinâmica da venda de celulares roubados após operações
Delegado destacou a importância da atuação das forças de segurança para a diminuição dos furtos e roubos de celulares no Piauí.
O Superintendente de Operações Integradas da Polícia Civil, delegado Matheus Zanatta, destacou em entrevista ao Lupa1, nesta sexta-feira (26), que os criminosos que atuam na venda de celulares roubados tem mudado a dinâmica dos crimes após operações da Secretaria de Segurança Pública (SSP-PI) contra este tipo de ação.
De acordo com o delegado, os bandidos que antes vendiam os aparelhos inteiros, têm optado cada vez mais pela venda somente das peças. Segundo Zanatta, a prática tem o objetivo de dificultar a localização dos aparelhos pela polícia.
“Eles não estão vendendo os celulares inteiros, estão desmontando e vendendo peças. Tanto é que no ano passado, em uma das fases da Operação Interditados, foi alvo um dos maiores lojistas de uma assistência técnica aqui de Teresina, onde nós encontramos várias carcaças de celulares e ele foi preso preventivamente. E [o lojista] foi preso novamente em uma outra fase da Operação Interditados”, explicou o delegado.
Zanatta ainda destaca que as operações têm gerado um saldo positivo na diminuição dos roubos de celulares no estado.
“Tivemos uma diminuição de quase 40% no número de roubo e furto em Teresina e 31% de roubo e furtos de celulares no estado. Isso foi possível porque esse projeto de celulares tem sido abarcado pelo poder judiciário e pelo Ministério Público”, destaca.
Ao Lupa1, o delegado ainda revelou que seis empresários ainda continuam presos pela venda de celulares roubados ou furtados. Além da prisão, Zanatta destacou que muitos deles têm as atividades econômicas suspensas.
“A pena de receptação qualificada é de 6 a 8 anos e sempre que o investigado é reincidente a gente pede a prisão preventiva e a suspensão das atividades econômicas. Temos vários exemplos de empresários que não podem voltar mais para esse ramo porque estão proibidos” explicou.
O delegado ainda destaca a importância de anotar o IMEI e guardar a nota fiscal dos celulares, para que haja uma maior chance de recuperar o aparelho em casos de roubo.
“O IMEI do celular é tipo a chassi, a placa do carro… quando o celular é subtraído é necessário que seja feito um boletim de ocorrência e é fundamental que seja inserido o IMEI para a polícia tentar localizar o celulares. Se não constar o IMEI a polícia não vai ter como recuperar esse telefone”.
Zanatta também destaca que as pessoas que não tiverem nota fiscal, é importante pelo menos apresentar a caixa do aparelho para comprovar sua procedência.
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