PF desarticula associação criminosa que comercializava drogas importadas no Nordeste
Diligências aconteceram nos estados do Piauí, Maranhão, Ceará, São Paulo e Rondônia.
A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta terça-feira (28) a operação "Pseudos" nos estados do Piauí, Maranhão, Ceará, São Paulo e Rondônia. A ação investiga crimes de associação para o tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro.
Ao todo, mais de 60 policiais federais cumpriram um mandado de prisão preventiva e 15 mandados de busca e apreensão nos municípios de Teresina (PI), Timon (MA), Fortaleza (CE), Cruz (CE), São Paulo (SP) e Costa Marques (RO). Segundo a PF, durante as diligências, o homem preso preventivamente tentou fugir mas foi capturado.
A Polícia Federal apreendeu diversos veículos de luxo na posse dos investigados. Além disso, foi determinado o sequestro de bens e valores no montante de até R$ 100 milhões, a indisponibilidade de investimentos na quantia de até R$ 100 milhões e o bloqueio de ativos porventura adquiridos pelos integrantes do grupo criminoso no importe de até R$ 200 milhões.
Investigação
A investigação apontou que a associação criminosa atuava na fronteira Brasil-Bolívia para realizar o tráfico de drogas. Os criminosos importam as drogas do exterior para serem comercializadas na região Nordeste do Brasil. Com os lucros, os membros da facção passaram a exibir um estilo de vida luxuoso nas redes sociais, comprando imóveis de alto valor, carros importados e embarcações.
Investigados
A Operação "Pseudos" é um desdobramento de outra ação da Polícia Federal realizada em 2021 e resultou na prisão de criminosos por compra de armas com documentos falsos junto ao Sistema Nacional de Armas (Sinarm).
Crimes
Os investigados devem responder pelos crimes de associação para tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e uso de documento falso, cujas penas máximas somadas chegam a 25 anos de reclusão, além de outros delitos identificados posteriormente pelas investigações.
Operação “Pseudos”
O nome da operação “Pseudos” faz referência à utilização de documentos de identificação falsos pelos líderes do grupo criminoso, passando despercebidos pelas autoridades e levando a vida como verdadeiros fantasmas na sociedade civil.