Polícia

Faccionadas usavam grupo “A Luta Não Para” para coordenar crimes no Piauí, revela Draco

Ação teve como alvos 15 mulheres integrantes da facção criminosa Bonde dos 40 (B40).

02 de maio de 2025 às 10:02
3 min de leitura

A Polícia Civil do Piauí, por meio do Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO), deflagrou na manhã da última quarta-feira (30), a “Operação DRACO 210”, ou como ficou conhecida, “Operação Faixa Rosa”.

Mulheres presa na Operação Faixa Rosa -Foto: Arte/ Lupa1

A ação teve como alvos 15 mulheres integrantes da facção criminosa Bonde dos 40 (B40) e revelou um aspecto inusitado e simbólico da estrutura do grupo: um grupo de WhatsApp batizado com o nome “A LUTA NÃO PARA”, utilizado como canal estratégico de comunicação interna entre as criminosas.

A partir da análise de um celular apreendido durante a Operação DRACO 198, em março deste ano, pertencente a Alzicar da Silva Magalhães — identificada como tia de um dos líderes da facção e peça chave do núcleo feminino —, peritos encontraram evidências de uma rede bem organizada.

O grupo “A LUTA NÃO PARA” funcionava como uma espécie de central de comando digital da facção, onde eram compartilhadas ordens, estatutos internos, códigos, cadastros e regras de conduta.

Operação DRACO 210 – Faixa Rosa
Reprodução

Segundo o DRACO, o nome do grupo não é apenas um título, mas um reflexo da ideologia propagada entre as integrantes. "A LUTA NÃO PARA" simboliza a persistência e o engajamento contínuo das envolvidas nas atividades criminosas, funcionando como um lema de resistência interna.

No ambiente virtual, as mulheres dividiam funções que iam desde a arrecadação de valores ilícitos, aplicação de disciplina interna, até o planejamento logístico do tráfico de drogas e apoio a ações violentas.

A operação ocorreu em diversos bairros de Teresina e cidades do interior do Piauí e Maranhão, e resultou no cumprimento de 15 mandados de prisão temporária e 19 de busca e apreensão. A ação contou com o apoio da Força Estadual Integrada de Segurança Pública (FEISP), várias divisões da Polícia Civil, Polícia Militar e Guarda Civil Municipal de Teresina.

Leia também:

A Polícia Civil destaca o crescimento da participação ativa de mulheres em cargos estratégicos dentro das facções. O caso reforça a complexidade do crime organizado contemporâneo e a necessidade de uma resposta qualificada por parte das forças de segurança.

Confira a nota divulgada pelo Draco!


Siga nas redes sociais

Veja também

Dê sua opinião

Tv Lupa 1

Veja todas