Delegado confirma que assassino e idoso mantinham relação amorosa
Delegado Danúbio Dias, do DHPP, deu detalhes sobre o crime e a relação da vítima com o acusado.
O delegado Danúbio Dias, do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), concluiu as investigações sobre o assassinato de Raimundo Nonato da Silva, de 69 anos, com golpes de picareta em Teresina.
Acusado, Gilmar Carvalho Rocha, de 27 anos e vítima, Raimundo Nonato da Silva, de 69 anos - Foto: Reprodução
Segundo o delegado, em conversa com a imprensa, a vítima e o acusado,Gilmar Carvalho Rocha, de 27 anos, mantinham um relacionamento afetivo antes do assassinato.
“Nós conseguimos obter os dados do celular da vítima na nuvem e esses dados revelaram algo totalmente diferente. Primeiramente a vítima tinha sim um relacionamento afetivo com ele, sim. Esse relacionamento afetivo, a vítima começou”, afirmou o delegado.
O delegado explicou que a relação dos dois iniciou após o acusado ter sido rejeitado por familiares após ter sido preso. Raimundo Nonato o aceitou em sua residência e os dois começaram a viver juntos.
“O suspeito começou a morar com a vítima depois de ter sido liberado no dia 22 de janeiro desse ano, ele estava preso. Quando retornou para casa, os familiares o rejeitaram e ele pediu abrigo à vítima. A partir de então, os dois começaram a conviver. Segundo as testemunhas, a vítima estava emocionalmente envolvida com ele”, disse o delegado.
Como o crime aconteceu
Inicialmente, Gilmar confessou o crime, mas alegou que agiu em legítima defesa após ser ameaçado com uma faca. No entanto, as evidências obtidas pela Polícia Civil desmentem essa versão.
Dados do celular da vítima mostram que o casal tirou selfies sorrindo por volta das 16h52, sugerindo que estavam em harmonia pouco antes do crime. A vítima foi assassinada entre 17h30 e 18h.
A motivação do crime teria sido uma discussão sobre o uso excessivo de drogas por parte de Gilmar e o contato dele com a ex-mulher, o que irritou a vítima.
“A briga aconteceu por dois motivos, o primeiro é pelo uso excessivo dele de drogas. Tinha acabado de pagar uma dívida de droga de R$ 300, nós inclusive localizamos a foto do dinheiro que a vítima usou para pagar essa dívida de droga e o outro motivo que levou essa discussão no domingo foi o fato de que o suspeito, atualmente indiciado, Gilmar ainda mantinha contato com a ex-mulher e isso irritou a vítima”, contou o delegado.
Após o assassinato, o suspeito gravou diversos vídeos com o corpo da vítima, debochando da situação até cerca de 1h da manhã.
Gilmar foi indiciado por homicídio qualificado, por se tratar de um crime contra um idoso de 69 anos, que não tinha condições de se defender.
A polícia também descartou qualquer envolvimento de Gilmar com facções criminosas, apontando que ele estava sob efeito de drogas no momento do crime.
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