Política

Jornalista é perseguida por supostos “capangas” de prefeito de Matões enquanto denunciava desmandos

Aline Santos foi confrontada e ameaçada enquanto denunciava questões sociais graves em Matões.

22 de março de 2024 às 07:14
3 min de leitura

A jornalista Aline Santos, conhecida por sua longa trajetória no jornalismo do Piauí e Maranhão, mais uma vez enfrentou perseguição por um suposto membro da prefeitura municipal de Matôes, cidade localizada ao leste do Maranhão, próxima a Timon e Teresina.

Aline Santos, jornalista-Reprodução

O sujeito, em tom ameaçador, perseguia a jornalista em toda a sua recente incursão pela cidade, através de seu canal digital denominado Rede Maior, sempre fazendo alusão ao nome do prefeito Fernando Coutinho.

Conhecida por sua dedicação em mostrar os problemas de diversas cidades, especialmente as do Maranhão, Aline estava capturando imagens de um prédio público mencionado em uma matéria de destaque em diversos veículos quando foi abordada pelo suposto “capanga” do prefeito, lhe fazendo ameaças.

O perseguidor da jornalista, Samuel-Tv Maior

No entanto, seu trabalho foi interrompido quando um integrante do grupo da prefeitura tentou coibi-la, impedindo-a de prosseguir com sua tarefa. O indivíduo, identificado como Samuel, filmou a jornalista e a chamou repetidamente de “cinegrafista”, tentando assim desqualificar sua função, que segundo a profissional é sim, também de cinegrafista e editora, algo bem comum no jornalismo moderno que se faz hoje em dia.

O emissário, Samuel-Tv Maior

Aline Santos recorreu às suas redes sociais para compartilhar o constrangimento e a ameaça que sofreu e também registrou Boletim de Ocorrência na Delegacia da Mulher, em Timon.

B.O. registrado por Aline Santos-Reprodução

Ela destacou ainda que tomará medidas legais para garantir que o incidente seja devidamente investigado e punido conforme determina a lei.

VIOLÊNCIA CONTRA JORNALISTAS

A categoria das Ameaças/hostilizações/intimidações foi a violência mais frequente contra jornalistas, em 2023. Foram 42 casos (23,21% do total), mesmo com a queda de 45,45%, em comparação com 2022, quando foram registradas 77 ocorrências. Ela foi seguida de perto pelas Agressões físicas, com 40 episódios (22,10% do total), nove a menos (18,37%) do que os 49 do ano anterior.

As Agressões verbais somaram 27 casos (14,92%). Na comparação com 2022, houve um decréscimo de 41,30%, com 19 episódios a menos. Na sequência, foram registrados 13 casos de Impedimentos ao exercício profissional. Como em 2022, ocorreram 21 casos, registrou-se queda de 38,10%.

Foram registradas, também, duas Detenções e uma condução coercitiva, mantendo o mesmo número de casos da categoria registrado em 2022, e um caso de Injúria racial/racismo, dois a menos que os três do ano anterior.

Houve ainda o assassinato do blogueiro e militante político Thiago Rodrigues, vitimado no Guarujá, em dezembro. A morte de Thiago foi registrada, mas não foi somada aos casos de violência do Relatório, por não se tratar de um profissional pertencente à categoria dos jornalistas.

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