Maranhão em Foco

Justiça concede guarda de criança a pai suspeito de violência e abusos contra ex-mulher

Após a decisão, a advogada do caso foi criticada nas redes sociais e deixou o seu perfil privado.

20 de março de 2025 às 15:00
2 min de leitura

A engenheira elétrica Paula Thereza Portela Gewehr, de 29 anos, enfrenta uma batalha judicial para manter a guarda da filha Aurora, de 2 anos e 8 meses. A disputa ocorre em meio a acusações de violência doméstica e suposta influência política no processo.

João Felipe M. Demito - Foto: Reprodução

O ex-marido de Paula, João Felipe M. Demito, é filho do ex-prefeito de Balsas, Jonas Demiro, e já responde por processos de violência doméstica. A advogada Edmée Froz, que o representa, é esposa do presidente do Tribunal de Justiça do Maranhão, Froz Sobrinho.

Em dezembro de 2024, um juiz de Balsas concedeu a guarda unilateral de Aurora ao pai, permitindo a Paula apenas ligações semanais e visitas presenciais durante as férias escolares.

João Felipe M. Demito - Foto: Reprodução

A decisão foi tomada sem um estudo psicosocial, o que é essencial em casos de mudança de guarda. Paula afirma que sempre manteve um acordo extrajudicial para que o pai pudesse manter contato com a filha e considera a decisão injusta.

A engenheira registrou casos de violência doméstica em Araguaína, Tocantins, amparada pela Lei Maria da Penha, mas afirma que a medida protetiva foi arquivada por influência de desembargadores em São Luís. Paula relata que o ex-companheiro exercia controle sobre sua vida, desde a troca do chip do celular até o veto ao uso de batom e anticoncepcionais.

Atualmente, o agravo de Paula está em julgamento no Tribunal de Justiça do Maranhão. Ela conseguiu uma liminar suspendendo a decisão de Balsas, mas teme perder a filha devido à possível influência política no caso. “Só quero proteger minha filha”, declara Paula, que segue lutando para garantir seus direitos como mãe.

O caso expõe fragilidades no sistema de proteção às mulheres, especialmente em um contexto de aumento da violência doméstica e feminicídios no Maranhão.

Após a decisão, a advogada Edmée Froz foi criticada nas redes sociais e deixou o seu perfil privado no Instagram.

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