Shein ultrapassa Marisa em vendas no mercado brasileiro, diz pesquisa
Loja online com sede em Singapura já está chegando perto outras grandes redes tradicionais no Brasil, como Riachuelo e C&A.
A loja chinesa online Shein tem impactado negativamente alguns dos maiores varejistas têxteis brasileiros. No ano passado, de acordo com o banco de investimentos BTG Pactual, a Shein registrou um faturamento de R$ 7 bilhões, um aumento de 250% em relação aos R$ 2 bilhões de 2021.
Enquanto isso, as varejistas locais tiveram um crescimento modesto em sua receita líquida (vendas menos impostos, descontos e devoluções) em 2022, variando entre 10% e 25% em comparação com a Shein.
- Receita da Guararapes (dona da Riachuelo): R$ 8,6 bilhões.
- Receita da C&A: R$ 8,2 bilhões.
- Receita bruta da Renner: R$ 15,9 bilhões.
- Vendas da Marisa: R$ 3,2 bilhões.
Estimativa do BTG é que a Shein teria superado a Marisa em vendas, que registrou R$ 3,2 bilhões. A loja online foi fundada na China em 2008 e atualmente tem sede em Singapura.
O faturamento da Shein, conhecida por seus preços baixos e lançamento diário de 2.000 novos produtos, já se aproxima de outras grandes redes tradicionais no Brasil, como Riachuelo e C&A, que registraram uma receita líquida de R$ 8,4 bilhões e R$ 6,2 bilhões, respectivamente, em 2022.
Embora a Shein não divulgue seu faturamento global ou local, o BTG estima que suas vendas totais no ano passado tenham atingido US$ 30 bilhões (R$ 147 bilhões), colocando-a em um patamar similar à Zara, pertencente à empresa espanhola Inditex, que registrou um faturamento de 32,6 bilhões de euros (R$ 171 bilhões) no último ano fiscal encerrado em março.