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Lula quer mudança na política de preços da Petrobras antes de aumento de impostos federais

Além de desatrelar os preços dos combustíveis do dólar, o Governo estuda prorrogar a desoneração de impostos por mais dois meses.

27 de fevereiro de 2023 às 16:33
2 min de leitura

O governo brasileiro está avaliando mudanças na política de preços da Petrobras antes de decidir sobre a volta da cobrança de impostos sobre a gasolina e o etanol, que foram desonerados temporariamente por dois meses e terão seu prazo de validade expirado em breve. A equipe do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defende a retomada da cobrança de impostos, enquanto a área política do governo prefere manter os tributos zerados para evitar impactos negativos nos preços dos combustíveis. O presidente Lula está analisando as opções apresentadas.

Presidente Luiz Inácio Lula da SilvaReprodução

A área política do governo considera importante encontrar uma forma de aumentar os impostos de maneira gradual para evitar que os preços dos combustíveis subam bruscamente e causem impactos negativos na avaliação do presidente Lula. Para compensar a alta gradual dos impostos, a Petrobras poderia reduzir os preços dos produtos. No entanto, a mudança na política de preços da estatal deve demorar a ser implementada, já que atualmente os valores são atrelados ao dólar e ao barril de petróleo.

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou que antes de retomar os impostos sobre combustíveis é necessário definir uma nova política de preços para a Petrobras, o que será possível a partir de abril, quando o Conselho de Administração for renovado com pessoas comprometidas com a reconstrução da empresa. A assembleia de acionistas para a renovação do Conselho está marcada para o dia 19 de abril. Com o novo conselho, o governo poderá mudar a política de preços da Petrobras e a de dividendos.

No entanto, colocar em prática uma alteração na política de preços pode exigir ajustes no estatuto da companhia. Fontes do setor afirmam que não haverá intervenção nos preços e que a cotação internacional continuará como referência, mas levando em conta o preço da produção nacional e da importação.

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