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Jurista Celso Barros morre aos 101 anos em Teresina

O velório acontece ainda hoje na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), na Rua Tibério Nunes.

10 de julho de 2023 às 14:43
3 min de leitura

Morreu nesta segunda-feira (10) o jurista Celso Barros, aos 101 anos, em um hospital particular de Teresina. A causa da morte não foi divulgada pela família.

Celso Barros Coelho - Divulgação

O velório acontece na sede da Ordem dos Advogados do Piauí (OAB-PI), na Rua Tibério Nunes, localizada no bairro Cabral, na zona Norte da capital, a partir das 19h desta segunda.

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Piauí (OAB-PI), Celso Barros Neto, usou as redes sociais para homenagear o avô. Na publicação, Celso Neto diz que o avô foi “a pessoa mais brilhante” que conheceu.

“Hoje Celso Barros Coelho (meu querido avô) partiu para a minha memória, do amor de um neto a uma admiração por um grande jurista.
Sem dúvidas a pessoa mais brilhante que pude conhecer, que tinha respostas para tudo, pois lia vários livros ao mesmo tempo e em várias línguas, sabia tudo de literatura, de história, de filosofia, de religião e de Direito, que gostava de futebol e de política”, escreveu o neto.

Sobre Celso Barros

Celso Barros Coelho iniciou seus estudos em 1938, aos 16 anos, no Seminário Menor de Teresina, do qual foi seminarista até 1945. Era poliglota com domínio do latim, grego, francês, italiano e espanhol. Graduado pela Faculdade de Direito do Piauí em 1953, o advogado tornou-se professor titular da Universidade Federal do Piauí na cadeira de Direito Civil. Lecionou também como professor visitante na Universidade de Brasília, na Escola Superior da Magistratura do Piauí e na Escola Superior da Advocacia do Piauí, integrando o seu conselho diretor.

O advogado foi procurador autárquico federal do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e, além disso, ocupou funções como juiz de Direito, promotor de Justiça e auditor.

Celso Barros acumulou uma abastada cultura literária, filosófica e jurídica. Foi escritor com dezenas de livros publicados, imortal da Academia Piauiense de Letras. Ele também integrou os quadros do Instituto Luso-Brasileiro de Direito Comparado (Rio de Janeiro); Instituto de Direito Natural (Brasília); Instituto dos Advogados Piauienses; Instituto dos Advogados Brasileiros (Rio de Janeiro); Academia Piauiense de Letras Jurídicas; Academia de Letras, História e Ecologia da Região Integrada de Pastos Bons e Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.

Ao enveredar para a política partidária, foi Deputado Estadual eleito, com mandato cassado pela Ditadura de 1964, e Deputado Federal por dois mandatos, sendo vice-líder e líder dos partidos aos quais se filiou. Prestou assessoramento jurídico na elaboração das Constituições Estaduais do Piauí, Maranhão e Tocantins. Na Câmara Federal, atuou como relator e autor de importantes Projetos como: Código Civil Brasileiro (relator do Livro V – Direito das Sucessões); Lei do Inquilinato (autor de emenda e relator de outro projeto); Lei das Execuções Penais (relator); Lei de Regulamentação do Divórcio (autor de um dos Projetos).

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