Anitta é alvo de processo milionário por segregação racial
Designer ainda acusa a cantora de danos morais e patrimoniais.
A designer de moda Lucia Helena da Silva, proprietária da Ropahrara Moda Exótica, acusa a cantora Anitta de segregação racial e a processou por danos morais e patrimoniais. A briga na justiça teve início após Anitta usar peças de roupa da designer em campanhas publicitárias.
De acordo com Lúcia Helena, entre os anos de 2015 e 2023, Anitta teria recebido e usado looks da marca. Inclusive, as peças de roupa estrearam em clipes de grandes sucessos da cantora como “No meu talento”, “Is That for me”, “Vai Malandra” e “Funk Rave”.
Porém, o desentendimento teve início quando as peças de roupas autorais de Lucia Helena também foram usadas em campanhas publicitárias de marcas como a C&A, porém, ela alega não ter recebido o crédito pela criação. "propaganda enganosa, amplamente divulgada (...) induzindo o público a acreditar que a C&A era responsável pelas criações originais da Ropahrara", explicou a designer.
A designer pede a condenação de Anitta e a marca em danos morais no montante de R$ 1 milhão pela violação dos direitos autorais e à propriedade intelectual. A informação foi divulgada pelo jornalista Daniel Nascimento.
"Invisibilidade Racial"
De acordo com o processo, Lucia Helena da Silva aponta que houve a reprodução e comercialização do vestuário desenhado, elaborado e comercializado por ela, sem qualquer compensação ou menção ao seu nome, "reforçando a perpetuação da invisibilidade racial e subalternidade que pessoas negras enfrentam no âmbito da moda e da sociedade em geral."