A cantora Nana Caymmi faleceu nesta quinta-feira (01/05), aos 84 anos, no Rio de Janeiro. Internada desde julho do ano passado na Casa de Saúde São José, na Zona Sul da cidade, Nana encontrava-se em tratamento por problemas cardíacos. A causa da morte foi falência de múltiplos órgãos, segundo informações do hospital.

Filha do renomado compositor Dorival Caymmi e de Stella Maris, Dinahir Tostes Caymmi, nome de registo da artista, nasceu no Rio em 1941, numa família profundamente ligada à música. Ainda jovem, participou em gravações com o pai, incluindo a emblemática “Acalanto”.

Ao longo da sua trajetória, Nana destacou-se por um repertório refinado e por parcerias com grandes nomes da música brasileira, como Tom Jobim, Milton Nascimento e Roberto Carlos. A sua discografia inclui álbuns marcantes como Nana Caymmi (1975), Renascer (1976), Bolero (1993), e A noite do meu bem – As canções de Dolores Duran (1994).

Participou de festivais importantes e, apesar de enfrentar resistência inicial do público, conquistou reconhecimento com interpretações emocionantes e um estilo único, sem recorrer a exageros cénicos.

A sua voz também foi presença constante em trilhas sonoras de produções televisivas. Um dos momentos mais memoráveis foi a interpretação de “Resposta ao Tempo” na abertura da minissérie Hilda Furacão, da TV Globo, em 1998. No ano seguinte, voltou a ser escolhida para outro tema de abertura, “Suave Veneno”.

A cantora foi homenageada em 2004, ao lado dos irmãos, com o título de cidadã baiana. Os seus últimos discos lançados foram Nana, Tom, Vinicius (2020) e Nana Caymmi Canta Tito Madi (2019).

Nana teve três filhos, duas netas, e viveu relacionamentos marcantes com figuras da música, incluindo Gilberto Gil, João Donato e Cláudio Nucci.

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