São 479 páginas que mostram um meticuloso trabalho realizado pelas autoridades policiais e que culminaram na elucidação do crime cometido em 2018 contra a vereadora pela cidade do Rio de Janeiro e seu motorista, Anderson Gomes.

O meticuloso inquérito envolve diretamente os irmãos Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa, mas em seu curso revela o envolvimento de muitas outras pessoas, o que deixa claro que mais prisões ainda acontecerão e, por força dessa investigação, outros crimes relacionados a essas pessoas também deverão ser elucidados.

Toda a trama que levou a morte de Marielle tem a ver, segundo o inquérito e relatório final, com o domínio de áreas em diversas zonas da cidade do Rio de Janeiro, onde milícias atuam fortemente e onde ainda prepondera a prática do jogo do bicho.

Eis trecho importante do inquérito:

“Conforme narrado, RONNIE LESSA apontou como motivo o fato de a Vereadora

Marielle Franco estar atrapalhando os interesses dos irmãos, em especial, sua atuação

junto a comunidades em Jacarepaguá, em sua maioria dominadas por milícias, onde se

concentra relevante parcela da base eleitoral da Família BRAZÃO.

Ante este cenário, esta equipe de investigação examinou o histórico da atividade

parlamentar dos BRAZÃO e do Partido Socialismo e Liberdade – PSOL no Rio de Janeiro.

Por meio de testemunhos, reportagens e registros da Câmara de Vereadores, constatou-

se, de fato, uma colisão de interesses no tocante a questões fundiárias ligada ao direito

à moradia. Isso sem mencionar outros reveses que as ações do referido partido

impuseram ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro no Rio de Janeiro –

PMDB/RJ e, especialmente, a DOMINGOS BRAZÃO.”

Confira a íntegra do inquérito e relatório final:

Relato769rioFinalCasoMarielleSTF_compressed.pdf

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