Piratão encerra desfiles das escolas de samba no Amapá
Trazendo um enredo sobre o sertão nordestino, emocionou quem prestigiava a apresentação.
Piratas da Batucada, a última escola a passar pelo corredor da folia, encerrou os desfiles das escolas de samba no meio do mundo com o enredo A Realeza do Sertão: O cordel azul e dourado de quem fez deste torrão o seu reinado.
A apresentação da comissão de frente trouxe teatro, coreografias contemporâneas, forró, xaxado e baião, formando uma combinação vibrante de estilos que culmina no samba.
Fruto da mistura de diversas culturas, o imaginário medieval se revestiu do sobrenatural e das lendas antigas, onde as forças do bem duelavam contra seres fantásticos e mitológicos como dragões e gárgulas, associados ao diabo, às bruxas e feiticeiras, o mal. E essas eternas batalhas do bem contra o mal, geraram diversos heróis míticos e o maior deles foi Carlos Magno, um importante imperador e conquistador medieval da Dinastia Carolíngia.
A coreografia da comissão de frente retratou o olhar de Carlos Magno, conectando a Europa Medieval ao Nordeste brasileiro. E nessa jornada, o povo sofrido, ao abandonar o sertão, trilha um caminho repleto de dificuldades: seca, fome, miséria e morte, elementos representados pelo dragão, que simbolizava o mal.
Ao final, a Ivaldo Veras foi totalmente amarelada pelo Piratão, como é popularmente conhecido, que mostrou sua força e potência na avenida.