Amapá em Foco

Petrobrás vai iniciar pesquisa na margem equatorial do Rio Amazonas, no Amapá

Órgão permitiu que a estatal faça a limpeza de sonda, um procedimento necessário, caso haja exploração na região.

12 de março de 2025 às 07:30
3 min de leitura

Fernanda Duarte - De Brasília

(Com informações do Correio Braziliense)

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) aprovou o plano da Petrobras de limpeza da sonda que poderá ser utilizada na perfuração na Foz do Rio Amazonas, caso haja permissão para pesquisa de petróleo na área. Com essa decisão, a estatal se aproxima da obtenção da licença ambiental definitiva para dar início às atividades exploratórias de petróleo na Margem Equatorial, na região do Amapá.

Presidente Lula e senador Davi AlcolumbreFoto: CB

Na nota em que comunicou a liberação, no entanto, o órgão ambiental fez questão de esclarecer que “essa etapa não representa qualquer deliberação conclusiva quanto à concessão ou não da licença ambiental para a realização da atividade de perfuração marítima no bloco FZA -M-59”. A limpeza da sonda envolve a remoção de corais potencialmente invasivos do casco da embarcação. Esse procedimento foi um dos pontos que geraram preocupação entre ambientalistas e técnicos do Ibama que, em 2023, haviam recomendado a rejeição do pedido de perfuração da Petrobras.

O assunto tem sido motivo de embate dentro do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que defendeu abertamente a exploração da região e acusou o Ibama de estar fazendo “lenga-lenga” para aprovar os estudos sobre a presença de petróleo no local. O setor energético tem muito interesse na região, já que ela possui características geológicas semelhantes às da Guiana, onde foidescoberta uma grande quantidade de campos petrolíferos.

Transição

O maior contraponto à exploração é a transição brasileira para a energia limpa, ou seja, sem emissão de combustíveis fósseis — entre os quais, está o petróleo. Ambientalistas defendem que o país, que está prestes a sediar a COP30, em Belém (PA), não deveria se concentrar em emitir mais gases do efeito estufa, que aumentam a temperatura global. Afinal, a convenção irá, justamente, tratar sobre a atualização do Acordo de Paris, que determina ações para limitar a temperatura da terra a 1,5ºC.

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