Coluna Letras da Política

Um mês de eleito: Silvio já se reuniu com bancada federal, governador e presidente

Prefeito eleito mostra ampla capacidade de diálogo e derruba uma das principais narrativas usadas contra ele na campanha.

07 de novembro de 2024 às 08:45
5 min de leitura

Eleito prefeito de Teresina no 1º turno da eleição municipal, Silvio Mendes (União) rapidamente desconstruiu o principal discurso utilizado por adversários contra ele no decorrer da campanha. Ao longo da disputa pela prefeitura, o grupo do deputado estadual e então candidato a prefeito Fábio Novo (PT) insistia que Silvio não dialogava, e que a falta de alinhamento político com os governos estadual, federal e com a maioria da bancada de deputados e senadores não iria lhe permitir fazer uma boa gestão.

Contudo, num rápido intervalo de apenas um mês o prefeito eleito já foi ao Palácio de Karnak duas vezes para reuniões com o governador Rafael Fonteles (PT), se reuniu com a bancada federal do Piauí em Brasília e esteve com o presidente Lula no Palácio do Planalto. Tudo antes de tomar posse.

Antes da posse, Silvio busca parcerias (Arte/Lupa1)

Compromissos de campanha

Na reunião com a bancada federal realizada na quarta-feira (6) em Brasília, Silvio pediu apoio dos deputados e senadores para colocar em prática algumas de suas principais propostas de campanha: a ampliação do Hospital de Urgência de Teresina (HUT) e a construção de uma maternidade na Grande Santa Maria da Codipi.

Além disso, a bancada se comprometeu em ajudar o prefeito a construir um serviço de urgência na entrada sul de Teresina, para atender pacientes que vêm da região Sul do Piauí e os moradores dos bairros Porto Alegre, Vila Irmã Dulce e adjacências. Atualmente, essa demanda está sobrecarregando a UPA do Promorar e, segundo Silvio, a construção de uma nova unidade de urgência na entrada da cidade ajudará a desafogar.

Silvio em reunião com a bancada federal em Brasília

Com ministros também

Na agenda em Brasília Silvio Mendes também teve reuniões com os ministros Juscelino Filho, das Comunicações; Wellington Dias, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; e André Fufuca, dos Esportes.

Em vídeo gravado ao lado de Silvio, o ministro Wellington Dias destacou a experiência de gestão do prefeito eleito e prometeu trabalhar em parceria com o novo gestor em programas relacionados ao Ministério do Desenvolvimento Social.

Silvio Mendes com o ministro petista Wellington Dias em Brasília (Reprodução/Instagram)

OUTROS ASSUNTOS

| Causou espécie

Themístocles Filho (Foto: Laura Cardoso/Lupa1)

Muitos políticos comentaram as declarações do vice-governador Themístocles Filho (MDB) em entrevista à TV Lupa1 na última segunda-feira (4). Para os que entendem do assunto, ele mandou uma avalanche de recados para o governador Rafael Fonteles (PT) e sua turma mais próxima. A interpretação é de que, ao insistir em citar grandes derrotas sofridas por esquemas governistas no passado e falar que Rafael tem que ter muita cautela e não subestimar ninguém, o vice estava querendo dizer algo mais. Themístocles também apontou que Wellington Dias quase foi derrotado por Joel Rodrigues em 2022 e disse que em 2026 o cenário político pode estar totalmente diferente de agora.

| Nome confirmado

Ex-prefeito Marcos Elvas (Reprodução/Instagram)

O ex-prefeito de Bom Jesus Marcos Elvas (União Brasil) será o secretário municipal de Administração na gestão do prefeito Silvio Mendes. A escolha foi confirmada nesta quinta-feira (7) pelo próprio gestor eleito. Marcos Elvas foi prefeito de Bom Jesus três vezes e fez parte do secretariado de Silvio na primeira gestão dele. Na época, foi superintendente da SDU Sul. Elvas é um dos políticos mais próximos do prefeito eleito e preside o Diretório Estadual do União Brasil. Ele disputou a prefeitura de Bom Jesus neste ano, mas não foi eleito.

| Comprometidos

Carlos Júnior (Reprodução/Instagram)

O advogado Carlos Júnior, candidato a presidente da OAB-PI, avalia que os dois concorrentes dele na disputa, Aurélio Lobão e Raimundo Júnior, não têm a isenção necessária para fazer a Ordem se posicionar e agir diante de descasos do poder público e de situações que envolvam poderosos. Isso porque, segundo ele, ambos têm profundas relações com o poder público e com políticos. Raimundo Júnior, diz ele, advoga para mais de 100 prefeituras, e Aurélio Lobão já ocupou postos de indicação política em gestões públicas.

A OPINIÃO DOS NOSSOS COLUNISTAS NÃO REFLETE, NECESSARIAMENTE, A OPINIÃO DO PORTAL LUPA1 E DEMAIS VEÍCULOS DE COMUNICAÇÃO DO GRUPO LUPA1 .

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