Coluna Letras da Política

Em 2004, Silvio Mendes anunciou secretariado 19 dias depois de eleito

Na época filiado ao PSDB, gestor ganhou eleição para prefeito no segundo turno.

21 de outubro de 2024 às 10:15
5 min de leitura

Passados 15 dias da vitória de Silvio Mendes (União Brasil) para prefeito de Teresina nas eleições 2024, muitas são as especulações sobre a composição do secretariado do futuro gestor. Nas duas semanas seguintes ao resultado das urnas, vários nomes tem sido apontados pela imprensa como prováveis membros da equipe.

Prefeito Silvio Mendes (Foto: Gustavo Almeida/Lupa1)

Duas décadas atrás, quando se elegeu prefeito da capital pela primeira vez, Silvio Mendes anunciou oficialmente a relação de secretários no dia 19 de novembro. Na época, ele havia sido eleito em segundo turno 19 dias antes. O 1º turno da eleição 2004 foi em 3 de outubro e o 2º em 31 de outubro.

A relação contava com nomes conhecidos da cena pública teresinense, como Fernando Said (Governo), Mussoline Guedes (Comunicação), Matias Matos (Administração), Washington Bonfim (Educação), Elizeu Aguiar (Esporte e Lazer), Elmano Férrer (Planejamento), Chico Gerardo (Strans), Marcos Elvas (SDU Sul), Marco Antônio Aires (SDU Leste), João Pádua (SDU Sudeste), José João (SDU Centro/Norte), José Orlando Ribeiro (FMS), Miranda Dantas (Fundação Wall Ferraz), Arthur Farias de Carvalho (Finanças), Losane Paulo (Sec. da Criança), entre outros.

Só especulações

Duas fontes próximas a Silvio Mendes ouvidas pela coluna no fim de semana garantem que grande parte dos nomes até agora ventilados na imprensa não passam de mera especulação. Uma das fontes contou, inclusive, que Silvio acha graça e ri da quantidade de nomes que é divulgada quase diariamente em portais de notícia.

Um indicador

A formação da equipe de transição do prefeito eleito é um forte indicativo de que alguns dos membros também vão estar na gestão de Silvio, mas por enquanto o prefeito eleito prefere não antecipar o nome de ninguém. "Não sai nada da boca do homem, nem mesmo pra gente", contou um aliado que não desgruda do gestor eleito.

OUTROS ASSUNTOS

| Não vão comparecer

Rafael Fonteles (Foto: Heitor Carvalho/Lupa1)

Um prefeito da região de Simplício Mendes disse à coluna que ele e vários outros colegas gestores não vão comparecer à reunião marcada pelo governador Rafael Fonteles (PT) com os prefeitos eleitos. O gestor, que foi reeleito, contou que Rafael esteve na cidade fazendo campanha para o seu adversário e até fez previsão da maioria de votos com a qual ele perderia. "Ele foi lá, levantou o braço do fulano (adversário do gestor) e disse até a maioria de votos que eu ia perder.", contou. Por achar que Rafael adotou postura inadequada na campanha e considerar que a reunião é midiática para levantar a bola do gestor estadual, o prefeito reeleito disse que não vai estar presente. "Vários colegas com quem eu converso falam que também não vão.", acrescentou o político.

| Uma coisa de cada vez

Câmara de Teresina (Foto: Ezequiel de Sá/Lupa1)

A eleição para a presidência da Câmara Municipal de Teresina mexe com os bastidores da política mafrense. Com aval de Silvio Mendes, o vice-prefeito eleito Jeová Alencar (Republicanos) é quem lidera as articulações sobre a sucessão. Conforme a coluna apurou, o prefeito primeiro está cuidando de formar uma base sólida e, uma vez com essa base montada, lança-se oficialmente um nome para concorrer ao comando do parlamento. Com uma boa maioria alinhada com Silvio, nenhum dos vereadores aliados vai ficar contra o candidato do grupo.

| O anticoncorrência

Toninho de Caridade (Foto: Júnior Santos/Lupa1)

O presidente da Associação Piauiense de Municípios (APPM), Toninho de Caridade (PSD), está fazendo de tudo para que sua sucessão na presidência da entidade seja por consenso, com candidatura única. Ele quer um candidato apenas para ser aclamado. Toninho parece que se acostumou com a falta de concorrência. Em 2020, ele foi candidato único a prefeito de Caridade do Piauí. Em 2024, articulou - e conseguiu - uma candidatura única para o seu sucessor na prefeitura do município. Esse negócio de consenso e falta de concorrência pode até ser bom para Toninho de Caridade, mas para o processo democrático é um desastre. A democracia pressupõe contraditório, concorrência, disputa e pluralidade de opções. Dos consensos na política o povo deve sempre desconfiar.

A OPINIÃO DOS NOSSOS COLUNISTAS NÃO REFLETE, NECESSARIAMENTE, A OPINIÃO DO PORTAL LUPA1 E DEMAIS VEÍCULOS DE COMUNICAÇÃO DO GRUPO LUPA1 .

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