Derrota de Fábio Novo para Silvio foi a 11ª seguida do PT em Teresina
Partido de Lula, Wellington e Rafael nunca venceu eleição para prefeitura da capital; são 10 derrotas como cabeça de chapa e uma compondo como vice.
O resultado da eleição do domingo (6) em Teresina aumentou a sequência de revezes do Partido dos Trabalhadores (PT) em disputas pela prefeitura da capital do Piauí. Desde 1985, quando as eleições nas capitais voltaram a ser realizadas via voto direto, o partido disputou todas as eleições e sofreu 11 derrotas seguidas, mantendo um jejum de nunca ter vencido. Já são 40 anos de tentativas frustradas nas disputas.
Nunca chegou ao 2º turno
Além de nunca ter vencido, o PT nunca conseguiu sequer chegar ao segundo turno numa eleição em Teresina. Dos 11 pleitos que perdeu, em quatro o partido ficou na 4º colocação. Em outros quatro ficou em terceiro lugar e em três conseguiu ficar na segunda colocação, mas perdeu no 1º turno.
Em apenas uma eleição, em 2016, o PT não foi cabeça de chapa, mas indicou o candidato a vice-prefeito numa composição majoritária com o PTB, ocasião em que ficou em 3º lugar.
Vários já tentaram
Ao longo de 40 anos nas disputas pela prefeitura de Teresina, o PT apostou em vários dos seus mais destacados quadros para tentar conquistar o comando do Palácio da Cidade. Foram seis candidatos a prefeito.
Na lista dos candidatos a prefeito do PT derrotados estão Antônio José Medeiros (duas derrotas), Antônio Neto (uma derrota), Nazareno Fonteles (duas derrotas), Flora Izabel (uma derrota), Wellington Dias (duas derrotas) e Fábio Novo (duas derrotas).
Na eleição de 2012, Wellington Dias, maior liderança do partido no Piauí, ficou em terceiro lugar na disputa pela prefeitura mesmo estando no mandato de senador e depois de ter sido governador do estado duas vezes.
Os maiores algozes
Ao longo desse tempo, os maiores algozes do PT em Teresina foram Firmino Filho e Silvio Mendes. Firmino, que exerceu quatro mandatos de prefeito, deixou petistas para trás em 1996, 2000 e 2012 em 2016 (neste último o PT tinha o vice numa chapa derrotada). Já Silvio Mendes impôs derrotas à candidaturas petistas em 2004, 2008 e agora em 2024.
Era a maior chance
A eleição deste ano foi a que o PT apostou mais alto e acreditava que conseguiria vencer. O candidato Fábio Novo tinha em seu palanque um grande bloco com 14 partidos, enquanto Silvio Mendes tinha apenas três partidos.
Dos 10 deputados federais do Piauí, 8 apoiavam Fábio Novo. Dos 30 deputados estaduais, 25 apoiavam Novo. Dos 29 vereadores da capital, 20 estavam no palanque do petista. O governador Rafael Fonteles (PT) era o principal cabo eleitoral de Novo e colocou toda a estrutura política do Palácio de Karnak e de sua base eleitoral a serviço da campanha.
Cenário era adverso para Silvio
Praticamente todos os institutos de pesquisa e a grande maioria dos veículos de imprensa apostavam em Fábio Novo.
Apesar disso, Silvio Mendes venceu no 1º turno com 52,19% dos votos contra 43,26% de Novo. Foram 41 mil votos de maioria sobre o candidato do PT.
Com 75 anos de idade, Silvio volta à prefeitura da capital do Piauí 14 anos após ter deixado seu último mandato.
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